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Empresas fazem dinâmicas em grupo em locais como o Escape 60

O objetivo é ver como os profissionais se comportam em ambientes competitivos e de pressão 

Por Gabriel Bentley
Atualizado em 1 jun 2017, 16h07 - Publicado em 17 jun 2016, 17h49

Surgidas no exterior, as salas de fuga ou escape games, espaços de gincana em que participantes precisam vasculhar pistas em sessenta minutos para ser “libertados”, tornaram-se populares também por aqui. Passado apenas um ano da inauguração do primeiro endereço, a cidade soma sete locais do tipo. Em geral, seus ambientes simulam cenários de crimes e outros mistérios. A onda mais recente é utilizar esses lugares para realizar dinâmicas de recursos humanos. O objetivo das companhias é ver como os profissionais se comportam na cena de competição e pressão por um resultado.

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Só pelas unidades do Escape 60, em Moema e na Vila Olímpia, passaram até agora mais de 5 600 funcionários de 350 empresas, como Google, SBT e IBM. A Cnova, da área de varejo digital, levou oitenta empregados ao lugar em agosto de 2015, a um custo total de 13 000 reais. Por monitores de TV instalados em outro ambiente, a consultora de RH Fabiana Hannouche observava tudo. “Muita gente optava por persistir sozinha em um desafio, em vez de dividir um problema com alguém”, diz. “Depois disso, começamos a estimular mais as parcerias no ambiente de trabalho.”

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O gerente Eduardo Donato esteve em uma das três equipes (entre nove) que conseguiram resolver o enigma — uma média de sucesso superior à dos frequentadores da casa, de 15%. “Dá para ver quem não tem cargo de liderança mas mostra vocação para tomar a frente das coisas”, afirma. O estímulo à interação dos times é um dos objetivos principais do negócio. “A experiência serviu para aprimorar a sinergia entre um grupo de 24 superintendentes”, conta Marcelo Orticelli, diretor de RH do banco Itaú, outro cliente do serviço.

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A tendência atual bebe na fonte dos treinamentos heterodoxos de RH dos anos 90. “Já foi moda levar funcionários para a selva em testes de sobrevivência e outras atividades, mas alguns se sentem constrangidos nessas situações”, avalia Fátima Motta, professora do curso de MBA em gestão por competências da ESPM. A especialista alerta para outro possível efeito colateral.

“Nessas salas de fuga, é preciso ter cuidado com claustrofóbicos, por exemplo, que podem se mostrar ali diferentes do que realmente são durante o expediente.”Quem está faturando não parece ligar para esse tipo de crítica. De olho na demanda, alguns endereços passaram a oferecer a opção de consultoria de psicólogos. No Escape Time, no Brooklin, a “terapia” custa 200 reais por cabeça. 

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