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‘Olheiro’ que descobriu Gisele Bündchen dá dicas a candidatas a modelo

Dilson Stein organiza evento em que potenciais manequins recebem aulas e treinamento para integrar times de grandes agências

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 17h49 - Publicado em 26 fev 2013, 17h17

O que é preciso para se tornar top model? Além de beleza, é preciso vocação? Estas e outras questões Dilson Stein tenta responder. O scouter revelou, entre outras modelos, Gisele Bündchen, Alessandra Ambrósio, Carol Trentini e, recentemente, Thairine Garcia. Aos 48 anos, 28 deles no mercado, ele está à frente do Projeto Modelo, evento brasileiro dividido em três etapas que pré-seleciona meninas e meninos interessados em entrar no mundo da moda.

Durante seis meses, a equipe de Stein, espalhada pelo país, acompanha os candidatos. Na primeira fase, regional, escolhe aqueles que têm algum potencial. Ao passar para a segunda etapa, os consultores ajudam os candidatos a se desenvolverem, indicam cursos de interpretação, idiomas, passarela, além de oferecer palestras e workshops.

Quem se dedicou, recebe o convite para a terceira fase. Para participar dos três dias de evento, é preciso desembolsar cerca de 2 000 reais. Na cidade onde ocorre o encontro de todos os selecionados, há mais cursos intensivos, palestras direcionadas ao planejamento de carreira e testes de câmera e passarela.

Thairine Garcia_Modelo
Thairine Garcia_Modelo ()

Ao fim do encontro, representantes de diversas agências nacionais e internacionais recebem o material e começam a agendar entrevistas com os candidatos à passarela que mais chamaram a atenção. Thairine e a modelo e atriz Bruna Lizmeyer foram dois exemplos recentes que passaram pelo crivo de Dilson.

Dilson Stein e Carol Trentini
Dilson Stein e Carol Trentini ()
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Conselheiro familiar

Após todo o processo de seleção, Stein atua como conselheiro da família, já que uma boa relação entre os pais e a agência é fundamental para o modelo iniciante.”O pai da Gisele chegava na agência e queria saber o que eles estavam planejando para ela dali um ano, dois, cinco. Ele já tinha essa projeção”, conta o olheiro, que conheceu a top em 1994, quando ela entrou em um curso em que ministrava para melhorar a postura.

“Como era muito alta, ela precisava se curvar para conversar com as amigas”, lembra. A gaúcha tinha apenas 13 anos e ele garante que a estabilidade na profissão não veio de um dia para o outro. “Ela só saiu do Rio Grande do Sul quando já estava madura.”

Para quem quer seguir os passos de Gisele e outras tops brasileiras, Dilson Stein  dez dicas:

1. Menos glamour, mais foco 

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Existe o glamour na profissão, mas isso vem depois de muito trabalho. “O foco é essencial. Gisele, Alessandra e Carol abriram mão de namoradinhos na adolescência porque precisavam trabalhar”, conta. Aulas de interpretação, idiomas e passarela são bem-vindas.

Bruna Linzmeyer antes e depois
Bruna Linzmeyer antes e depois ()

2. Checar credenciais de agências

Se uma agência entrou em contato, use a internet ao seu favor. “Cheque todas as informações do lugar. Pergunte quem são as pessoas”, aconselha. “Muita gente já tentou se passar por mim, por exemplo, por isso, se ficou na dúvida, ligue para a empresa para saber se realmente tem algum recrutador na cidade”, explicou.

3. Não faça book

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Desconfie de quem já exige o book. “Um candidato não precisa dele em um primeiro momento”, diz. Segundo Stein, o que as agências pedem são fotos tipo Polaroid e o mais natural possível. “É até melhor mandar aquelas caseiras. Sem maquiagem, sem penteados. Eles vão analisar os traços e eles precisam estar destacados”, explica. Só depois de aprovada, a candidato precisa pagar pelo book. 

4. Tenha atitude

Tenha atitude e mostre-se interessado. “É preciso mostrar convicção”, diz. Nada vem de graça. Para entrar no mercado, existe um custo e até mesmo as modelos precisam fazer investimento financeiro.

5. Aja com naturalidade

Não adianta tentar impressionar. Quem trabalha com o negócio sabe muito bem o que ele exige e sabe o que procura em uma candidata. “Quanto mais natural, mais fácil do scouter enxergar o jovem e saber se ela tem condições ou não de seguir em frente”.

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6. Não basta ser pai…

Os pais também precisam participar da carreira. O papel da família é sempre abordado por Stein em suas palestras. “Os pais precisam entender também do mercado e dar suporte para o candidato, seja emocional ou financeiro, quando preciso”.

7. Saber ouvir “nãos”

Levar não faz parte, ajuda a crescer e ser respeitado dentro do mercado. “Isso não significa que a pessoa não serve para a profissão. E a família também precisa aprender a lidar com a situação”. Stein afirma que todas as grandes modelos receberam “nãos”. Aquelas que conseguiram evoluir com as negativas são as que vão atingir seus objetivos.

8. Sem deslumbramento

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Mantenha os pés no chão e não se encante com o glamour. “Já vi muita menina talentosa e bonita acabar com a carreira porque se deslumbrou com baladas ou trocou a profissão pelos namorados”.

Nicolas Oberst_antes e depois
Nicolas Oberst_antes e depois ()

9. Sucesso exige tempo

Tenha paciência. Com raríssimas excessões (Thairine é uma delas), as modelos vão fazer sucesso aos 13 anos. “O trabalho leva, em média, três anos para se efetivar”, diz. A modelos só fica madura quando completa 16, se o trabalho durante o período anterior for bem feito. “Aí, sim, ela pode sair de casa. Ir morar em São Paulo ou outra cidade no mundo. Antes disso, não”.

10. Cuidar da alimentação

O mercado impõe alguns padrões como quadril por volta dos 88 ou 89 cm e é preciso ter entre 1,70 m e 1,80 m. “Por isso, é preciso cuidar da alimentação. E de forma saudável, porque ninguém vai contratar menina com cara de doente”, diz.

 

SERVIÇO

A próxima seleção de modelos organizada por Dilson Stein será nos dias 2, 3 e 4 de março, no Hotel Vila Rica, em Campinas. A inscrição pode ser feita no próprio espaço e a taxa são cinco quilos de arroz que serão distribuidos em comunidades carentes da cidade. Informações: (19) 8197-7871 e (19) 8197-7872).

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