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Daslu faz cinqüenta anos e incrementa mix de lojas

Para celebrar o aniversário (e enfrentar a concorrência), a Daslu traz pesos-pesados como Tom Ford e Balenciaga. De quebra, prepara-se para cruzar o Rio Pinheiros rumo ao Cidade Jardim, onde funcionará seu segundo endereço na cidade

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 19h27 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Se tudo correr do jeitinho que Eliana Tranchesi espera, o dia 19 de maio será inesquecível na história da Daslu. Está marcada para essa data a visita do estilista americano Tom Ford, que vem abrir sua primeira loja no Brasil. “Serão somente seis filiais no mundo inteiro”, diz a empresária, radiante. Outro arrasa-quarteirão da moda mundial, a grife espanhola Balenciaga será inaugurada por lá em junho. Até o fim deste ano também devem chegar a Christian Loboutin, de calçados, e a Goyard, de malas e bolsas. Essa enxurrada de novidades tem o pretexto de comemorar em altíssimo estilo o aniversário de cinqüenta anos da butique – fundada pela mãe de Eliana, Maria Lúcia Piva de Albuquerque, com uma amiga, na singela garagem de uma casa da Vila Nova Conceição. Mas não deixa de funcionar como uma versão comercial da estratégia adotada por belas senhoras de meia-idade. Sabe quando uma delas passa por uma plástica e, de repente, reaparece esplendorosa? Pois é uma reformulação nessa linha que está para rolar na luxuosa cinqüentona da Marginal Pinheiros.

Uma das principais mudanças está em andamento no 2º andar, cuja estréia estava marcada para este 26 de abril. Batizada de Village, a área de 1500 metros quadrados abrigará quinze lojas de estilistas nacionais badalados, como André Lima, Cris Barros e Isabela Capeto. Seis designers de jóias, entre eles os irmãos Jack e Ara Vartanian, desembarcam por lá com os muitos quilates de suas criações. Cinqüenta novos profissionais das agulhas ganharão a oportunidade de exibir ali seus modelitos, de modo bem original – cada um ganhará um armário customizado. Um espaço para desfiles e uma filial da doceira Cristallo completam o ambiente. Em maio, o projeto Daslu-Arte reunirá roupas desenhadas a partir de obras de artistas como Luiz Paulo Baravelli e Raquel Kogan. Haverá ainda uma exposição do escultor Victor Brecheret. Por fim – ufa! –, está para sair do papel a marca de roupas 284, focada na turma recém-saída da adolescência. No comando, a terceira geração da família: Dinho e Luciana, de 22 e 19 anos, respectivamente, filhos da dona do pedaço. “Estou orgulhosa de ver a seriedade dos meus bebês”, derrete-se a mãe coruja.

Cerca de 1500 clientes circulam pelos 18000 metros quadrados do prédio da Vila Olímpia, que desde 2005 oferece 333 marcas internacionais e outras centenas nacionais. Essa média tende a se multiplicar com a inauguração de seu segundo endereço, no Cidade Jardim, prevista para maio. Como o novo shopping espera atrair 30000 pessoas por dia, pelo menos uma parcela não resistirá a bater perna pelos 2500 metros quadrados da butique. O pé-direito de 12 metros impressiona logo de cara. Haverá um espaço exclusivo da Chanel, com vitrine voltada para um dos corredores. Branco e tons de bege predominam na decoração. Sofás, árvores e um café banhado por luz natural prometem virar um “clube da Luluzinha” no térreo, por concentrar a seção de moda feminina. O mezanino abrigará produtos para casa. A ala masculina ocupará o 1º andar. “Vai ficar um arraso de linda”, entusiasma-se Eliana.

Na voz da empresária percebem-se confiança e alegria, que, até pouco tempo atrás, haviam escasseado na mesma proporção em que sumiram peças de grifes estrangeiras de suas araras – durante dois anos, contêineres com milhares de reais em mercadorias trazidas da Europa ficaram retidos na alfândega. A interrupção no abastecimento das araras representou o auge de uma espécie de crise de meia-idade precoce enfrentada pela Daslu. Em 2005, os donos da loja foram presos sob acusação de subfaturar importações. A Receita Federal os condenou a ressarcir os cofres públicos em 236 milhões de reais. Eliana recorreu e afirma que, em 2007, pagou mais de 70 milhões de reais entre impostos e parcelas da multa. “Quero liquidar essa dívida sem deixar de crescer”, diz. “Meu negócio é pensar em como será a loja daqui a cinco décadas.”

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