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Bairros da Zona Oeste ficam mais de 20 horas sem energia elétrica

Os moradores do Pacaembu e Perdizes foram os mais impactados com a falta de abastecimento após a a forte chuva desta segunda (15)

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h38 - Publicado em 16 fev 2016, 20h13

Bairros da Zona Oeste de São Paulo permaneciam sem energia elétrica na tarde desta terça (16), cerca de 20 horas após a forte chuva de segunda-feira. Os clientes da AES Eletropaulo dos bairros do Pacaembu e Perdizes foram os mais impactados com a falta de abastecimento.

Também houve reclamação em bairros da região sul, como Santo Amaro, Morumbi, Guarapiranga e Butantã.

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Segundo a concessionária, foram cinquenta quedas de árvores na cidade. Um homem de 55 anos morreu no ABC Paulista. Ele foi arrastado por uma enxurrada enquanto tentava salvar a vida de uma vizinha ficou presa em uma enchente nas margens no Ribeirão dos Meninos, em São Caetano do Sul.

A população continuou sofrendo quase um dia depois do temporal. A artesã Maria Silvia Borghi Raymundo, de 65 anos, estava poupando a bateria do celular “para fazer contatos importantes”. Sem conseguir carregar o aparelho há 19 horas, ela recorria ao automóvel para dar pequenas cargas no smartphone. “Sempre que chove aqui acaba luz. Já reclamei em diversos órgãos e nunca acontece nada para melhorar a situação. Só falta eu recorrer a Deus para a chuva ser fraca”, conta.

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Segundo ela, que vive no Pacaembu, amigos que moram na região de Perdizes enfrentavam o mesmo problema. Maria Silvia também conta que não faz mais compras de supermercado para que durem no freezer ou na geladeira por mais de cinco dias. “Já perdi muito alimento congelado por falta de luz. Agora só faço compra pequenas, contando com os problemas de energia, principalmente em época de chuva.”

Procurada, a AES Eletropaulo disse que os problemas de abastecimento no Pacaembu e em Perdizes foram causados por “objetos e galhos de árvore” que danificaram “diferentes pontos da rede”. Já na zona sul, segundo a empresa, uma árvore de grande porte caiu na Avenida Paulo Guilguer Reimberg, Jardim Novo Horizonte, arrastando a fiação e danificando três postes. Os trabalhos continuavam na tarde desta terça-feira.

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A concessionária disse que as “ocorrências pontuais” seriam normalizadas até o início da noite desta terça-feira. A AES explicou que 1 600 “colaboradores entre eletricistas, técnicos e moto atendentes estão nas ruas”.

Recorde

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Parelheiros, no extremo sul de São Paulo, registrou 153,3 milímetros de pluviometria (litros por metro quadrado) nesta segunda-feira, o maior volume de chuva para uma subprefeitura desde o início das medições, em 1995. O índice corresponde a 71% do esperado para o mês inteiro. O recorde anterior também era deste ano: 142,8 mm no Itaim Paulista, na Zona Leste, em 9 de janeiro.

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“O cenário de ontem (segunda-feira) é o clássico para formação de tempestades em São Paulo”, afirma Marcelo Schneider, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “É uma soma de fatores: calor, aumento da umidade e, geograficamente, a proximidade de São Paulo com o mar. A chuva acentua quando há convergência entre brisa marítima e ar quente vindo do interior”, explica.

A tempestade também comprometeu o trânsito. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a capital paulista registrou 261 quilômetros de vias congestionadas às 19h. Foi o recorde do ano, batendo as filas de 215 quilômetros do último dia 5 de fevereiro na véspera do Carnaval.

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