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Aflições paulistanas: casamento

De acordo com especialistas, a maioria já entra no relacionamento pensando que ele pode durar pouco

Por Daniel Bergamasco
Atualizado em 5 dez 2016, 16h59 - Publicado em 4 ago 2012, 00h51

Com 26 anos de atuação em direito de família, o advogado Luiz Kignel observa duas novas tendências na área. A primeira é o aumento da demanda por acordos pré-nupciais detalhados, que preveem minúcias sobre a divisão do patrimônio se a história for para o brejo. “Faz muito tempo que não trabalho com um caso de comunhão total de bens”, conta. A segunda são os casamentos após namoros breves. “A atual geração pensa que, se houver separação, não será algo tão trágico, por isso se arrisca mais.”

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Em tempos nos quais a porta de saída do matrimônio parece entreaberta, o receio de entrega emocional ampliou seu espaço no divã. Para o psicólogo Ailton Amélio da Silva, autor de vários livros e pesquisas sobre relacionamentos amorosos, as pessoas se casam prevenidas demais, pouco dispostas a aguentar as dificuldades, e vivem como se fossem dois solteiros dividindo a casa. Aparecem, então, os dilemas: vale a pena ter um filho num contexto desses? Ou perder a chance de sexo com aquela moça bonita por estar comprometido? Como suportar a barra de um divórcio? “Se você compra um carro para usar só por cinco anos, tende a cuidar menos dele. A mesma coisa ocorre com uma união”, compara Ailton. “Abrem-se precedentes perigosos, como cada um ir sozinho todas as semanas à happy hour da firma, e aí o colegão esperto, que nunca viu o marido da vizinha de baia, enxerga um caminho livre. Momentos em separado são necessários, senão o casamento vira simbiose, mas, se é para viver assim, melhor repensar se deseja mesmo entrar nessa.”

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