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Casa abriga menores tirados de suas famílias por Justiça

As amigas Marina Kim e Karen Ichiba mantêm o lugar, que vive de doações

Por Laura Ming
Atualizado em 5 dez 2016, 14h27 - Publicado em 16 Maio 2014, 16h00

Em uma casa especial do Alto de Pinheiros vivem hoje cerca de vinte crianças. Na maioria, são menores tirados de sua família pela Justiça devido a problemas relacionados ao consumo e à venda de drogas, sem parentes próximos capazes de ficar com a sua guarda. Dois irmãos, um de 8 e o outro de 9 anos, chegaram ao endereço depois que os pais terminaram presos por tráfico.

Mais tocante ainda é o caso de um bebê mandado direto do hospital para o abrigo, com apenas 3 meses de idade (hoje, ele está com 1 ano). A mãe, uma prostituta usuária de cocaína, abandonou-o na maternidade, logo depois do parto. Foi necessário providenciar toda a documentação do recém nascido, incluindo RG e carteira de vacinação. “Não tem nada melhor do que ver que você pode fazer a diferença na vida de alguém”, diz a economista Karen Ichiba, uma das responsáveis pelo local.

Ao lado da empresária Marina Kim, amiga desde os tempos do Colégio Santa Cruz, onde descobriu o gosto pelo voluntariado, Karen criou o serviço, em 2007. Com o dinheiro arrecadado em uma feijoada, a dupla alugou a residência na Zona Oeste e começou a receber as crianças. Até hoje, a Associação Amigos da Inocência já cuidou de mais de 100 menores. O objetivo é funcionar como um lar transitório. Como a maior parte das famílias reluta em adotar maiores de 2 anos, as responsáveis pelo abrigo batalham para que os pais biológicos tenham condições de retomar a guarda. 

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A determinação de Karen e Marina chegou a reverter casos como o de uma mulher que dava choque nos filhos. Depois de três anos de insistência, elas conseguiram que a mãe fizesse um tratamento psiquiátrico a fim de poder voltar a cuidar das crianças. Para manter a casa, as amigas contam com uma série de doações. O dono do imóvel, por exemplo, cobra metade do valor do aluguel, e um comerciante do bairro oferece hortaliças para as refeições. Com a ajuda dessa rede solidária, a dupla consegue dar vida nova às crianças do abrigo.

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