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Cartas sobre a edição 2223

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 17h56 - Publicado em 2 jul 2011, 00h50

Enfim, a multa
Na semana passada, a prefeitura deu um passo importante para garantir a segurança dos pedestres. Anunciou que, a partir do mês que vem, motoristas que não pararem e derem preferência a quem está a pé atravessando na faixa serão multados. Embora o Código de Trânsito já classificasse essa infração como gravíssima, com multa de 191 reais, na prática ela seguia ignorada pelas autoridades do setor. Fazer valer a penalidade é uma medida importante no pacote de proteção ao pedestre lançado em maio. “A intensificação da aplicação de multas sempre esteve prevista, mas somente após os cidadãos estarem devidamente informados sobre o programa”, escreveu à redação o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco. “Foi, realmente, uma opção: educar primeiro; intensificar a fiscalização posteriormente.” Faixas
Muito boa a reportagem “O desafio da faixa de pedestres” (29 de junho). As sugestões são muito bem colocadas. Os problemas de trânsito no Brasil ocorrem não pela falta de cultura do povo, mas de imaginação das autoridades, como já foi demonstrado. Países considerados exemplares possuem políticas muito mais rígidas do que as nossas. Pecamos principalmente por manter penas reduzidas, tanto para quem comete crimes quanto para infrações de trânsito. O valor das multas é ridiculamente baixo, motivo pelo qual continuaremos recordistas em acidentes.
Fabio Figueiredo
+ Motoescola para manobras radicais
+ Como alguns prefeitos lidaram com o trânsito de São Paulo
Estive na costa oeste dos Estados Unidos e tive a oportunidade de andar pelas ruas sendo respeitado como pedestre. Para quem vive em São Paulo, onde os carros têm prioridade, é um aprendizado valioso. Por isso, fiquei impressionado com a iniciativa da prefeitura de tentar adotar uma postura mais parecida com a de países de Primeiro Mundo, mas me decepcionei com a ausência de fiscalização. Há apenas placas indicando que o pedestre tem prioridade, mas somos quase atropelados onde não há semáforos. Transformar nossa cidade em Los Angeles ou Osaka é utopia. Mas, com o preparo para receber a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, poderia haver uma intensificação das campanhas de educação no trânsito.
Marcos Dayson Hori
Parabéns pela reportagem sobre os perigos da faixa de pedestres. Atropelamentos são responsáveis por 12,7% das vítimas de lesão medular em acidentes de trânsito. Fundamental também é a instalação de semáforos sonoros para auxiliar a travessia de pessoas com mobilidade reduzida e dos 660.000 deficientes visuais que vivem na cidade. Na Suécia, esses equipamentos diminuíram em 80% os atropelamentos. Quando falamos em cidadania, devemos lembrar de todos, proporcionando autonomia e segurança à população.
Mara Gabrilli Deputada federal (PSDB-SP)
O desrespeito à faixa de pedestres indica falta de civilidade. No entanto, as próprias faixas de segurança são colocadas de tal forma que induzem o motorista a desrespeitá-las. Posicionadas nas esquinas, deixam os motoristas tentados a avançar sobre elas para enxergar os veículos que trafegam nos outros sentidos. Isso põe o pedestre em situação de risco. Uma mudança simples, já feita em algumas vias, é a criação de faixas distantes de 5 a 10 metros das esquinas, o que facilita a visualização do trânsito e dá segurança a quem atravessa.
Oswaldo Soulé Junior
Discordo do trecho da reportagem que diz que os carros agridem e matam e que, no dia em que os motoristas forem educados, a educação do pedestre ocorrerá também. Sou pedestre e motorista e nas duas situações respeito as leis do trânsito. Inúmeras vezes, porém, quando estou dirigindo, vejo pedestres surgirem no meio de um quarteirão, entre os carros estacionados, querendo atravessar fora da faixa. Quando desrespeitam as leis, eles também causam acidentes e deixam o motorista em situação difícil. Onde existe semáforo para pedestre, é preciso esperar o sinal ficar verde para atravessar. As pessoas esbravejam e gesticulam contra motoristas que não param na faixa até quando o sinal está vermelho para o pedestre e verde para o motorista! Não adianta educar quem dirige sem educar quem caminha. Em Santa Mônica, na Califórnia, quem atravessa na faixa mas desrespeita o sinal vermelho é multado ainda que não haja nenhum veículo passando na rua naquele momento.
Vera de Oliveira
Sou corredor de rua há mais de vinte anos e vivo diversas situações durante meus treinos diários. Encontro pessoas extremamente amáveis, que fazem questão de me deixar atravessar mesmo quando estou fora da faixa de pedestres (o que é a minha atitude como motorista), até pessoas completamente sem noção, que mesmo com o farol fechado só se preocupam com os outros veículos. Se não estiver vindo nenhum, furam o sinal vermelho, como se o pedestre fosse invisível. Quase fui atropelado várias vezes, o que só não aconteceu porque sou experiente e presto muita atenção antes de prosseguir. Se houver alguma motocicleta parada, o cuidado tem de ser triplicado, porque esses condutores não respeitam nada. Os pedestres deveriam poder fotografar veículos parados sobre a faixa nos momentos em que houver pessoas atravessando e enviar a foto para que a CET tome uma providência.
Fernando Borges Fortes
Mais uma vez, de maneira atenta e vigilante como sempre tem feito, VEJA SÃO PAULO dá sua contribuição de utilidade pública e defende a cidadania, abordando um tema importante não só para melhorar a qualidade de vida na cidade mas para garantir a sobrevivência de seus cidadãos. É preciso fazer uma revisão criteriosa das faixas existentes, pôr avisos permanentes ao lado delas sobre os cuidados a ser tomados e evitar a fixação de faixas nas esquinas, a exemplo do que foi feito na Avenida Paulista com muito sucesso.
Idal Feferbaum
É um absurdo identificar o motorista paulistano como o vilão do trânsito na cidade. Além dele, há ciclistas, pedestres e motociclistas que precisam ser educados para viver em sociedade. Meu pai tem 57 anos e em um domingo de abril trafegava em sua moto pela Avenida 23 de Maio, quando um mendigo resolveu atravessar a via obrigando todos os motoristas a frear bruscamente. Para não bater, meu pai jogou a moto para o lado e caiu na pista. Resultado: clavícula quebrada, ligamentos do joelho rompidos e moto destruída. Será que basta ensinar motoristas para tornar o trânsito mais seguro? A educação e os cuidados têm de ser para todos.
Fernanda Oliveira Walcyr Carrasco
Que saudade senti lendo sua crônica “Um livro, uma vida” (29 de junho). Assim como você, “Reinações de Narizinho” foi o primeiro livro de Monteiro Lobato que eu e meu irmão devoramos. Guardávamos o dinheiro que mamãe nos dava para o lanche e íamos juntando até comprar mais um livro. Dos de Monteiro Lobato, conseguimos todos. No caminho de casa, tirávamos par ou ímpar para ver quem leria primeiro. Como éramos felizes!
Claudete Esteves
+ Livro Mestres do Salão: histórias de anfitriões da gastronomia paulistana
+ Confira todas as crônicas de Walcyr Carrasco de 2010
Não me tornei escritora como você, Walcyr, mas fui e continuo apaixonada por Monteiro Lobato e li todos os livros dele na minha infância. Faço trabalho voluntário de contar histórias para crianças em hospitais e até hoje leio tudo o que passa por minhas mãos. Sei que um livro pode mudar uma vida. Por isso, já dei uma coleção do Monteiro Lobato à minha neta de 11 anos. Quem sabe ela se torne escritora como você? Parabéns pela crônica.
Mariângela Malschitzky
Também faço parte do “clube dos dinossauros”. Na minha casa não havia televisão, apenas uma pequena biblioteca. Hoje as casas têm computadores, tablets e vários badulaques modernos, mas quase nada para ler. Uma pena. Como disse o seu autor predileto, Monteiro Lobato, um país se faz com homens e livros.
Berenice de Siqueira RabelloMarginais
O que pode ser feito para evitar roubos (“Os marginais das marginais”, 29 de junho) é ficar atento e tomar cuidado ao usar celulares e laptops. Os ladrões preferem os alvos mais fáceis. Não seria melhor deixar objetos de valor no chão do carro?
Kimitoshi ShichijoCracolândia
Li com muita desesperança a reportagem “Vizinhos da Cracolândia” (29 de junho). É chocante olhar a multidão de zumbis amontoados nesses recantos comprando e consumindo o maldito crack. A droga chega ao centro da cidade sob as barbas das autoridades. Certamente há muita negligência e conivência por parte daqueles que muito nos custam. Padece ainda quem acredita no poder público e se aventura a morar naquela vizinhança. Realidades como essa, muito bem mostrada na reportagem, nos fazem perder as esperanças em nossas instituições e autoridades. Só há competência e eficiência no momento de arrecadar votos e descobrir formas de prosseguir no poder. Enquanto isso, a sociedade assiste a tudo imóvel e calada, esperando não sei quem conseguir resolver o problema sei lá quando.
Francisco Rodrigues LiraRonaldo Laranjeira
Foi com alívio que li as palavras do psiquiatra Ronaldo Laranjeira (“A voz contra a liberação”, 22 de junho). Que ele tenha forças para manter sua postura lúcida mesmo contra essa maré de insanidade. É impressionante a cegueira dos que falam em qualquer coisa mais branda em relação às drogas.
Maria Estela Feijó Simões
Correção: o valor correto do cachorro-quente bidu na Lanchonete da Cidade é 16 reais (Comidinhas, Especial Jardins, 29 de junho). ESCREVA PARA NÓSE-mail: vejasp@abril.com.brFax: (11) 3037-2022Cartas: Caixa Postal 14110,CEP 05425-902, São Paulo, SP
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