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Cartas sobre a edição 2165

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 18h47 - Publicado em 21 Maio 2010, 23h01

Assuntos mais comentados:

Walcyr Carrasco      26%

Santos (capa)          14%

Roteiro da Semana   11%

Presentes do bem      5%

Outros                     44%

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Santos

A reportagem “Santos, a bola da vez” (19 de maio) confirma o que já sabíamos: a Baixada vai sofrer um crescimento econômico em âmbito até mesmo internacional, que virá acompanhado de uma explosão demográfica absurda. Moradores de municípios como Guarujá, Cubatão e São Vicente já podem notar o impacto do “desenvolvimento” desorganizado, que surge como um colossal rolo compressor social. Empreendimentos imobiliários focam famílias de classe média, com renda mensal acima de dez salários mínimos. Santos virou um canteiro de obras, e São Vicente está seguindo alguns passos. Será que a oferta de trabalho de todas essas novidades corresponderá ao anseio da população caiçara? A criação de empregos é inevitável, mas a quem se destinarão esses cargos? Já temos cursos profissionalizantes para suprir a demanda, mas até a real instalação da Petrobras e o início das explorações do pré-sal esse contingente formado terá experiência e capacitação para desempenhar tais funções? É importante que existam incentivos e ações como a reportagem mostra, mas é igualmente vital que se tenham um planejamento articulado e vontade política para implementá-lo. A expansão portuária é necessária, mas o que será feito com a população que lá reside?

VINÍCIUS ISMERIM SANTOS DE LARA

Muito interessante saber que moro em uma cidade que está prosperando rapidamente. Mas senti falta na reportagem do seguinte questionamento: Santos realmente tem infraestrutura para crescer dessa forma? A cidade conta com hospitais precários, os santistas não conseguem empregos com salário decente, a entrada da cidade tem excesso de veículos diariamente e os moradores levam quarenta minutos para atravessar um trecho de 2 quilômetros. Infel izmente, nos próximos anos Santos não será mais dos santistas, pois eles não conseguirão acompanhar o boom financeiro.

DÉBORAH GONÇALVES

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A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) lembra que o Brasil ocupa a 123ª posição entre 134 países no ranking da qualidade dos portos, de acordo com a Fundação Dom Cabral e o Fórum Econômico Mundial. O maior porto do país, o de Santos, tem apenas dois berços de atracação em frente ao terminal de passageiros. É muito pouco, pois quando chegam mais navios é preciso distribuí-los pelo cais e fazer o turista se locomover de ônibus, o que não ocorre em outros países. Nossas taxas portuárias e de praticagem estão entre as mais altas do mundo. É uma pena, pois isso desestimula o turismo marítimo, atividade que cria renda e empregos.

RICARDO AMARAL – Presidente da Abremar

É assustador saber que a ponte de ligação entre Santos e Guarujá, com 4,6 quilômetros, vai custar 700 milhões de reais, ou seja, mais de 152 milhões de reais por quilômetro. Será que não existe nenhuma alternativa menos absurda para essa interligação?

MIGUEL GIACUMMO

Fiquei muito lisonjeada com a matéria sobre a cidade de Santos, onde moro há mais de cinquenta anos. Realmente é uma cidade bem agradável, mas não é nenhuma Miami Beach. Santos virou um canteiro de obras já há algum tempo. Acho isso preocupante porque não temos estrutura para comportar tanta gente assim. A cidade está sendo fechada por muralhas de prédios altíssimos e o nosso solo é um dos piores do mundo. No verão, o calor é insuportável, porque a brisa que vem do mar não tem como circular. Até pouco tempo atrás, havia um limite para a altura dos prédios. Outro problema é que a hotelaria por aqui é muito pobre. Temos só dois ou três hotéis de qualidade. O resto são pensões e hotéis simples. Isso tudo sem falar na dengue. Enfim, temos muitos problemas a ser resolvidos para as pessoas que moram aqui e pagam seus impostos. Precisamos de qualidade de vida para os atuais habitantes e estrutura para receber as pessoas que vêm de fora. Se as britadeiras continuarem a todo o vapor, vamos enlouquecer.

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MARIA SELMA MARMO

Sou paulistano, tenho 24 anos e há dois vivo em Santos. Tenho acompanhado de perto os itens levantados na reportagem e gostaria de parabenizálos pelas informações. Pude comprovar com os números apresentados o que já estava vendo com os meus próprios olhos, porém sem a correta dimensão. No entanto, acho importante destacar alguns itens que, no meu ponto de vista, são cruciais para o desenvolvimento sustentável da cidade. O primeiro é o trânsito. Nos anos em que morei em São Paulo, tive menos problemas com congestionamentos do que enfrento aqui. A falta de sincronismo de semáforos, o estacionamento desregrado em ruas estreitas e a circulação constante de caminhões dificultam muito o fluxo nas vias do município. O segundo é o lixo. Muitos prédios e casas não possuem lixeiras. Sacos são colocados nas calçadas até que sejam levados pela prefeitura. Seria muito útil para o desenvolvimento de Santos estabelecer regras sobre esse assunto e também expandir fortemente a reciclagem. A cidade e o meio ambiente agradeceriam. Com a expansão mostrada na reportagem de Giovana Romani, certamente esses problemas serão agravados e poderão atrapalhar o crescimento de Santos, que possui imenso potencial.

LUIZ CARLOS VIEIRA JUNIOR

Hospitais cinco-estrelas

A respeito das opiniões publicadas neste espaço na última edição (A Opinião do Leitor, 19 de maio), gostaria de informar aos leitores da Vejinha que minha cirurgia e internação no Hospital Alemão Oswaldo Cruz foram custeadas por meu convênio médico particular, do qual sou cliente há muitos anos, e, portanto, sem nenhum ônus ao estado.

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ALBERTO GOLDMAN – Governador de São Paulo

Filantropia

Adorei a matéria “Presente? Pode doar” (19 de maio). Quando comemorei os 40 anos, coloquei no convite que, se a pessoa pensasse em presentear- me, eu queria produtos de higiene e limpeza, além de leite em pó. Tudo seria doado a uma instituição que abriga crianças retiradas dos pais por maus-tratos, a qual eu ajudo desde 2004. Eram pouco mais de 120 convidados, mas sabe qual foi o resultado desse convite? A instituição ficou mais de oito meses sem comprar produtos de higiene e limpeza e ainda teve leite por mais de dois meses. Dois amigos tomaram atitude parecida em suas festas de aniversário e casamento. Ações como essas têm dois objetivos: ajudar instituições e ajudar as pessoas que têm o desejo de colaborar mas precisam de um “empurrãozinho”. Como mencionam na reportagem, para que preciso de mais uma blusa, mais um par de sapatos, quando sei que há crianças em entidades assistenciais pelo Brasil afora necessitando de ajuda?

RITA NEGRO

VEJA SÃO PAULO mostra a enorme generosidade de alguns brasileiros, que, abrindo mão de presentes e lembranças, solicitam a seus convidados doações para instituições filantrópicas. Dessa forma, eles buscam tornar suas festas uma bela oportunidade de fazer o bem, minorando a carência e o sofrimento de alguém. Lindo e louvável.

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FRANCISCO RODRIGUES LIRA

Achei ótima a reportagem sobre filantropia. Há um ano estava pensando em fazer uma comemoração de aniversário com esse intuito. No último dia 8, completei 50 anos e promovi uma festa a fantasia, à qual compareceram 186 pessoas. Elas levaram fraldas descartáveis geriátricas e infantis, além de leite em pó integral. Foi um sucesso. Todos colaboraram, e ainda hoje recebo e-mails e telefonemas comentando a comemoração. Fiquei muito feliz e tenho certeza de que meus convidados também.

MARCIA FERNANDES

Minhocão

“Gorjeta” maior será a única explicação para construírem túneis depois da derrubada do Minhocão (“Minhocão de contrastes”, 19 de maio). Para evitar isso, bastaria reorganizar as rotas de trânsito, reformando o sistema de ônibus e metrô. É claro que, com os túneis, estaria em jogo um volume muito maior de “gorjetas”. Será que teremos de ser, mais uma vez, testemunhas de mãos atadas de mais uma desatinada sangria dos cofres públicos?

CONRADO DE PAULO

Roteiro da Semana

O título da crítica não poderia ser mais interessante, criativo e instigante: “Japão bossa-nova” (100 Restaurantes, 19 de maio). Ele traduz perfeitamente a nossa proposta de cozinha japonesa com certa brasilidade, algo que também foi muito bem ilustrado pelas imagens flagradas pelo fotógrafo Fernando Moraes. A oportunidade de estar presente no mais conceituado indicador gastronômico de São Paulo nos proporciona um voo livre, já que leva mais rapidamente nosso conceito de cozinha às pessoas.

MAURÍCIO GANZAROLLI – Chef do Banana Sushi

Walcyr Carrasco

Um dos meus chefes certa vez me ensinou que quem acha, na verdade, não sabe nada (“É proibido achar”, 19 de maio). Desde então, repasso essa lição a todos os que começam a trabalhar comigo. Aprendi com as pessoas que se comunicam por meio das línguas espanhola e inglesa a usar “penso que” em vez de “acho”. Essa simples atitude nos faz refletir sobre o que vamos falar ou responder a alguém.

RENATO HILÁRIO DE OLIVEIRA

Noel Rosa já cantava: “Quem acha vive se perdendo…”

REGINA TRANCHESI

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