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Cartas sobre a edição 2162

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 18h50 - Publicado em 30 abr 2010, 18h24

Assuntos mais comentados:Vizinhos                             35%

Walcyr Carrasco              14%

Buracos                             12%

Bicicletas                            9%

Outros                               30%
Vizinhos

Parabéns a VEJA SÃO PAULO, sempre muito oportuna em suas reportagens (“Meu vizinho é um terror”, 28 de abril). Lamento apenas que a revista não tenha mostrado o lado das pessoas que vivem em casas e também têm seu merecido descanso desrespeitado. Eu e meus vizinhos sofremos com um morador que promove festas durante a semana, colocando música alta e fazendo os cachorros latir sem parar. Já tentamos conversar com ele várias vezes, mas não adiantou. O que podemos fazer para acabar com essa falta de respeito?

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WILSON FERREIRA DA SILVA

Excelente a reportagem. Nunca tive sorte com vizinhos, nem em apartamento nem em casa. Jamais recebi uma reclamação, mas já tive de me mudar por causa de barulho, festas, uso de sapatos de salto após a meianoite e outros problemas nunca solucionados amigavelmente, que me levaram a recorrer à Justiça. No conflito mais recente, fui acusada da morte do gato da vizinha, envenenado ao perambular pelo condomínio — a dona não cumpriu a determinação do regimento interno de manter o animal dentro de sua residência. Após ter sido humilhada, chamada de assassina na frente dos condôminos e dos meus filhos, não tive dúvida: entrei com uma ação por calúnia e difamação. O processo terminou em menos de um ano e a vizinha foi condenada a pagar os honorários do meu advogado e a oferecer quinze cestas básicas a crianças carentes. Pensa que adiantou? Outro gato da mesma vizinha continua fazendo seu “tour” pelo condomínio, deixando a vida à própria sorte.

ANDREA MANZO

Moro em apartamento há mais de quarenta anos e acho que as situações vividas em condomínio muitas vezes chegam a ser cômicas. Nada é mais agradável do que tomar um banho, entrar no elevador e receber uma deliciosa lambida do lulu que está no colo do seu vizinho. O elevador, a menor área comum do edifício, é onde tudo acontece. É nele que começam os conchavos para destituir ou eleger o síndico, é onde logo pela manhã sentimos os mais inebriantes ou enjoativos perfumes e onde muitas vezes damos “bom dia” e percebemos que o nosso vizinho é surdo. Mas a verdade é que não existe nada que uma boa volta de elevador não resolva, já que nele encontramos também conselhos, receitas de remédios milagrosos, listas de tudo aquilo que o presidente prometeu e não cumpriu, comentários sobre a derrota do nosso time do coração e fofocas sobre a separação de uma vizinha, além de constatações de que o condomínio aumentou e o síndico continua o mesmo. Acreditem: existem muitas coisas piores do que essas prazerosas convivências.

MARIO ROBERTO BARBUTI

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A reportagem trouxe apenas alguns dos muitos problemas que os mais de 4 milhões de pessoas que vivem em condomínio enfrentam. Infelizmente, muitos recorrem ao sobrecarregado Judiciário, enquanto outros ficam impunes. Para encontrar soluções de forma rápida, foi proposta pela Assembleia Legislativa de São Paulo a criação do Procond. Trata-se de uma Coordenadoria de Defesa das Relações Condominiais que envolve síndico, moradores, fornecedores, funcionários, administradoras e construtoras. O órgão terá como principais objetivos fazer cumprir as leis e normas já existentes, proporcionar maior equilíbrio de poder nas relações condominiais, orientar, receber reclamações que atendam a determinados critérios e, por fim, realizar conciliação.

ROSELY BENEVIDES DE OLIVEIRA SCHWARTZ

Fui reclamar com o zelador sobre o meu vizinho de cima, que, além de arrastar móveis de madrugada, derruba coisas, fazendo enorme barulho. Para piorar, a mulher dele costuma andar pelo apartamento com saltinhos insuportáveis. A resposta que recebi do casal foi que eu estava enganada e que os ruídos que eu ouvia eram produzidos por espíritos. Tenha a santa paciência, falta de respeito maior não existe!

PATRICIA BONGIOVANNI BRUNIERI

Enquanto o poder público foi perdendo a guerra contra a especulação imobiliária, o trânsito, o barulho e, principalmente, contra a violência, muitos pensaram que a solução seria construir o próprio “castelo”. Ledo engano. Os condomínios fazem com que seus moradores deixem de atuar como cidadãos, exigindo melhores condições de vida, e só se preocupem com o próprio espaço. O grande problema para essas pessoas agora é que esses condomínios estão repletos de gente que não se preocupa nem mesmo com o próprio espaço.

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KATIA ZANETI

O grau de civilidade de um povo se mede pelas atitudes de respeito com o próximo. Manter um cachorro preso em casa ou em apartamento, latindo e perturbando a paz, o sono e a saúde, agrava ainda mais a péssima qualidade de vida dos paulistanos. MAURO ASPERTI Animais e veículos grandes são figurinhas carimbadas no quesito problema. Certa vez, um morador apareceu com um labrador alegando que o animal era como se fosse seu filho. A história comoveu a todos, que por fim tiveram de aguentar latidos e uivos frequentes. Já outro condômino foi até a concessionária obter um atestado em papel timbrado de que seu veículo de 5 metros de comprimento era um veículo de passeio. Pena o Detran ter afirmado outra coisa. A conclusão foi que não houve acordo e o carrão teve de dormir na rua.

UBIRATÃ CALDEIRA

Mesmo morando em casa, sofro com vizinhos barulhentos. Vivo no Alto de Pinheiros ao lado de uma família com duas crianças, de 8 e 10 anos de idade. Meu único momento de sossego é quando elas estão na escola. No resto do tempo, é uma gritaria só, não param nem à noite nem, principalmente, nos fins de semana. O pior é que eu nem tenho com quem reclamar! Como se não bastasse, o alarme da casa de outro vizinho ainda dispara várias vezes por semana… Vou te contar!

PÉROLA RAWET HEILBERG

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Infelizmente, muitas vezes os conflitos se agravam por culpa do próprio síndico, que ocupa o cargo apenas para não pagar o condomínio e, na hora H, não quer se envolver nas brigas. Tive problemas com meu vizinho de baixo, que fazia muito barulho. A questão só foi resolvida quando avisei que iria entrar com uma ação judicial contra ele, já que o síndico, incompetente, não tinha coragem de reclamar. Claro que, somada a isso, está a falta de educação e de consideração de moradores que acham que só porque pagam o condomínio podem fazer o que bem entenderem.

VIVIANE PAVESI

Vivo em condomínio há dois anos e nesse período colecionei tantos problemas que acabei compondo uma lista. Intitulada “Morar em apartamento é…”, essa relação já está com 46 itens, sendo que o último deles eu incluí hoje mesmo: “Morar em apartamento é descer de ré com o carro na rampa do estacionamento para permitir que o vizinho entre e não receber nem um sorriso de agradecimento”. Em vez de prosseguir com essa coleção, decidi adquirir uma casa, para a qual pretendo me mudar em janeiro do ano que vem.

LARISSA SCARPA

Sou síndica de um edifício no Campo Belo e estou na minha quarta gestão. Os moradores, no entanto, não querem minha saída, porque desde que entrei conseguimos zerar todas as dívidas. Hoje temos uma das cotas mais baixas na região, com fila de interessados em alugar ou comprar apartamentos no local. Costumo resolver pessoalmente os conflitos e conto ainda com um grupo de proprietários interessados que acompanha de perto minha gestão. Em qualquer cargo, há uma grande diferença entre continuísmo e continuidade, e com o de síndico não é diferente. O continuísmo cria vícios e possibilita abusos, enquanto nosso condomínio é o exemplo de que a continuidade produz ações que garantem o sucesso.

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IZABEL AVALLONE

A reportagem mostra que alguns problemas entre vizinhos, como cachorros, crianças, canos, carros na garagem e cobertura, podem e devem ser resolvidos, em nome da convivência civilizada. Mas existe uma questão irritante muito comum em prédios contra a qual o síndico frustrado pode muito pouco ou quase nada: o morador inadimplente. A lei é omissa, protegendo o condômino malandro e mau pagador que se aproveita dos vizinhos para ter todas as suas despesas pagas.

HERMANN GRINFELD

De porta em porta

Esse modelo de negócio incentiva e potencializa a informalidade e o não pagamento de impostos (“A expansão do porta em porta”, 28 de abril). Enquanto a maioria das empresas brasileiras arca com uma grande carga de impostos diretos e indiretos, a venda de porta em porta escapa ilesa do pagamento de várias obrigações. Nunca vi um desses representantes emitir nota fiscal. E, ainda que essas empresas trabalhem no regime especial de substituição tributária, que prevê o pagamento do ICMS, muitos outros impostos deixam de ser pagos, como imposto de renda obtido no lucro da revendedora, PIS, Cofins e contribuição previdenciária. Caso algum dos revendedores sofra um acidente durante o seu horário de trabalho, quem arcará com o custo de seguridade?

JORGE A.F. PROENÇA

Centro

Moradores e pessoas que trabalham, como eu, na região da antiga rodoviária acompanham diariamente a demolição daquele prédio (“Novos sons no centro”, 28 de abril). Mas por que ninguém fala que também será demolido o quartel do Corpo de Bombeiros daquele quarteirão e ninguém nos diz com certeza e clareza para onde aquela instituição será transferida? Presente em nossa vida há muito tempo (pelo que sei, tem mais de 100 anos naquele local), o quartel é primordial para nossa tranquilidade. Sempre pudemos contar com os soldados ali lotados, e agora não sabemos se continuarão conosco.

HILTON ZAMPRONIO

Mistérios da Cidade

Li a nota “O palacete do comendador” (“Mistérios da Cidade, 28 de abril) e também acho uma pena que não sejam permitidas visitas à cobertura do Edifício Martinelli. Aproveito então para sugerir uma visita ao Edifício Altino Arantes, mais conhecido como Torre do Banespa, ao qual o acesso é gratuito e liberado.

ANDREZA ALTÉA DE CAMARGO

Bicicletas

Parabéns à revista por abordar um grave problema para os motoristas de São Paulo (“Guidão versus volante”, 28 de abril). Muitas bicicletas são pilotadas por gente que não está habilitada para isso e acaba ocupando uma faixa inteira de carro. Se alguém tiver a infelicidade de atropelar um ciclista, tenha certeza de que farão um monumento no local.

ANTONIO FAVANO NETO

A reportagem põe em pauta um assunto que interessa ao trânsito e à saúde. Temos apenas 45 quilômetros de ciclovias contra 17 000 quilômetros de vias para automotores porque esses veículos são praticamente nossa única opção de transporte nesta cidade. Por outro lado, os ciclistas não estão preparados para a ampliação do uso seguro desse saudável meio de transporte alternativo. Acho que tudo depende do nível de prioridade dado a cada caso. Assim, não se devem poupar esforços para reduzir o número de carros nas ruas, até, quem sabe, o ponto em que a bicicleta seja um transporte seguro. Está aí uma reflexão e um desafio para o poder público e a sociedade em geral.

FRANCISCO RODRIGUES LIRA

Walcyr Carrasco

Sou do tempo em que um simples olhar dos meus pais me fazia entender o que podia ou não (“Silêncio dos pais”, 21 de abril). Palmadas ou puxões de orelha não me deixaram revoltas nem problemas psicológicos; pelo contrário, sou o que sou devido às repreensões que recebi na infância e na adolescência. Limite já!

MARCIA DOURADO

Tenho 58 anos e filhos que, como se dizia antigamente, são meninos-homens. Fico assustada ao ver na TV famílias que precisam de outra supermãe para ajudar na educação. O silêncio dos pais está acabando com o amor, com o respeito e com a dignidade. Acredito, porém, que ainda podemos ajudar nossos pequenos a ser grandes homens de espírito elevado.

NEUSA AMORIM

Buracos

A prefeitura de São Paulo mente quando diz que as solicitações do serviço de tapa-buraco são atendidas em até uma semana (“Um buraco por minuto”, 21 de abril). Na rua onde moro, no Ipiranga, temos de conviver com diversos buracos há meses. Os moradores já solicitaram que fossem tapados, mas até agora ninguém se prontificou a fazer aquilo que é obrigação do poder público: manter a cidade em ordem. Enquanto os buracos na cidade vão aumentando, aumentando, nossa paciência vai diminuindo, diminuindo.

MARCEL BRUNO SALGUEIRO

Moro no Alto da Lapa e há alguns dias percebi que havia aparecido um buraco na Rua Majubim. Reclamei duas vezes para a prefeitura, mas o serviço de atendimento informava que a responsabilidade era da Sabesp, que já havia sido oficiada. O curioso foi que, ao ler VEJA SÃO PAULO, encontrei a foto do famoso buraco, que continua lá. É um absurdo, pois realmente nosso dinheiro está indo para o buraco.

DOMITILLA FUZETTI INCRÉDULO

Parabenizo a revista pela excelente abordagem. A cidade parece um queijo suíço. Há mais de um ano solicitei à prefeitura que tapasse os buracos existentes na minha rua. De tanta insistência, pasmem: vieram consertar. Minha rua não é de grande extensão, porém o conserto foi feito somente na frente da minha casa. Virei até motivo de gozação dos meus queridos vizinhos, que diziam que eu tinha amigos na prefeitura.

JOSÉ A. MARTINHÃO

A nova seção em VEJA SÃO PAULO

Alguns leitores escreveram para sugerir que a reportagem “O que se fala por aí” (28 de abril), na qual a equipe da revista saiu às ruas para ouvir o que os paulistanos andam conversando nos bares, nos elevadores, nas baladas, no metrô…, fosse transformada em uma seção. “Algumas frases citadas são verdadeiras pérolas”, disse Paloma Alvarez, de Santo André. “Enquanto não se sentem observadas, as pessoas mostram o seu natural. E não há nada mais gostoso e difícil de ver que o natural das pessoas”, completou Mônica Delfraro David. Elas têm razão. Tanto que, na última edição de cada mês, Vejinha passa a publicar novas conversas e frases colhidas pela cidade em escolas, livrarias, parques, estádios de futebol, restaurantes…

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