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Cartas sobre a edição 2326

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h53 - Publicado em 21 jun 2013, 17h40

Manifestações

A cidade paga o preço dos desmandos da política pública, pois as manifestações são o resultado da má gestão, e não o contrário (“Um protesto por dia. Quem aguenta?”, 19 de junho). Quem protesta quer acordar a cidade (e as autoridades) para que algo de concreto seja feito. Não foram os manifestantes que transformaram São Paulo num inferno. O inferno já existia e a cidade está parada faz tempo! Denis Schaefer

Muito oportuna a reportagem. Quer dizer agora que vandalismo, depredação e violência são sinônimos de “manifestação”? O que está acontecendo em São Paulo não é compatível com a vida democrática. Violência gratuita de “manifestantes” tem de ser combatida pelos agentes policiais do estado, com o rigor necessário. Sérgio Tannuri

Não me sinto representado por esse grupo do Movimento Passe Livre, oriundo da classe média paulistana, ora com frases progressistas, ora com frases retrógadas e ultrapassadas. Ou seja, não há uma ideologia única. Por outro lado, temos os governantes municipal, estadual e federal demonstrando que ainda não estão preparados para a democracia nem para o diálogo. Pediria a ambas as partes que lutassem verdadeiramente pelos menos favorecidos, e não somente para aparecer na mídia. À PM, pediria que agisse com a mesma força e truculência contra os bandidos, traficantes, sequestradores, assaltantes, assassinos, estupradores e corruptos. Aos grupos de direitos humanos, que lembrassem do outro lado da população, que paga os impostos, e não somente defendessem os bandidos e baderneiros. Alberto Utida

Só uma palavra para descrever a reportagem sobre as manifestações do Movimento Passe Livre: impecável. José Renato Nascimento

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A cidade está abandonada na segurança pública, com aumento de latrocínios, assaltos, arrastões à noite, chacinas e sequestros-relâmpago. Chega de propagandas enganosas na TV mostrando que metrô e trem são lotados por causa do belo serviço prestado. A população cansou! Reinaldo de Miranda

O que o paulistano não aguenta? Protestos na rua por melhores condições de vida na capital ou engolir calado a violência retratada pela mesma revista na semana passada? Thiago Figueiredo

Sou advogado, tenho 31 anos, não sou usuário de transporte público, fiquei no trânsito por duas horas na quinta-feira (13), mas mesmo assim apoio a manifestação. Muito embora seja contra qualquer ato de vandalismo, a população paulistana anda muito inerte em relação aos problemas da cidade. Movimentos como esse fazem renascer sentimentos oposicionistas necessários em qualquer democracia. A manifestação, que a cada dia ganha mais admiradores, não tem somente como fundo o “passe livre”. Ela reflete a indignação dos paulistanos com o desprezo com que são tratados os mais diversos assuntos da nossa abandonada cidade. Eduardo Cantelli Rocca

É impressionante, mas há pessoas que ainda não entendem o motivo das manifestações. Claro, são políticos, analistas políticos e alguns jornalistas, que, encastelados, acreditam mesmo que o Brasil está bem. É óbvio que o transporte público foi apenas o que faltava para o copo transbordar. Nossos jovens, mais do que ninguém, sabem como está o Brasil. Ele só está bom para quem se locupleta com as benesses do poder! A mensagem do cartaz de um manifestante resume tudo: “Se vocês não nos deixam sonhar, nós não deixamos vocês dormir”. Nada mais eloquente! Therezinha Lima e Oliveira

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Estou com 55 anos e as autoridades brasileiras ainda conseguem me deixar perplexo. O prefeito Fernando Haddad teve coragem de ir à televisão e dizer que a Polícia Militar praticou abusos nas últimas manifestações. A PM agiu para preservar a integridade e o patrimônio de outras pessoas, inclusive da própria prefeitura. Não sou contra as manifestações dos jovens contra o aumento da passagem, mas ao mesmo tempo não considero democrático impedir que pessoas e ambulâncias possam se movimentar na cidade, assim como atacar e destruir a propriedade alheia. Angelo Martines

Entendo que as manifestações espelham o descontentamento da população com os desmandos em geral, especialmente em relação a saúde, segurança, transportes e outros atendimentos essenciais que faltam para a população (as grandes filas em tudo). Com a inflação em crescimento, a alta do dólar e os gastos descontrolados dos governos federal, estadual e municipal de todo o país, é legítima a reivindicação do povo brasileiro. Raimundo Hermes Barbosa

Não é por R$ 0,20. Acredito que muitos dos que estão aí nessa manifestação têm carro. O que os brasileiros não aguentam mais são coisas como hospitais lotados e sem médicos; falta de vagas em creches para pôr seus filhos e poder trabalhar; menores matando e roubando, e, depois de três anos, já estão livres e dando risada; pegar ônibus, metrô e trem lotados todos os dias, com o preço da passagem muito alto e com baixa qualidade do serviço; não ter áreas de lazer para as crianças e os adolescentes de baixa renda na periferia das cidades, o que dá a eles oportunidades para que procurem o caminho das drogas. O país precisa priorizar a saúde, a educação, o transporte e a Justiça e não a Copa do Mundo e a Olimpíada. Crisitiano Lemos

Após tomar conhecimento do efetivo policial que o governo de São Paulo pôs nas ruas com a intenção de conter a população que, exercendo seu direito democrático, saiu às ruas para protestar, fiquei realmente surpresa. Esse episódio mostrou aos paulistanos que não falta polícia, o que falta é vontade política de colocar esses profissionais em ação também para proteger os cidadãos dos bandidos que não estão presos, nem foram punidos ou mesmo procurados. A violência está em alta em nossa cidade e a polícia em baixa, com crimes sem solução, pessoas e crianças mortas sem esboçar nenhuma reação, apenas porque o bandido tem a consciência de sua impunidade. O que todos queremos é ver a polícia nas ruas no combate ao crime organizado, aos assaltos, roubos e sequestros, ou seja, cumprindo a sua verdadeira função, e não prendendo estudantes, jornalistas e fotógrafos, que obviamente não estavam lá para roubar nem matar. Nadia Lopes

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São suspeitos os manifestantes que usam máscaras. Escondem o rosto em protesto pacífico? O que essas manifestações diferem das dos caras-pintadas no impeachment de Collor é que naquelas não houve nenhuma violência, foi uma grande e inigualável demonstração de civismo. Fabio Figueiredo

Os R$ 0,20 jamais foram o mote para a destruição. Se assim fosse, teriam depredado a Ceagesp, os supermercados, quitandas e feiras livres quando o tomate teve uma alta de mais de 150%. Berenice Maria Arjona Diniz

Paulistano Nota 10

Ao ler sobre o professor de boxe que construiu academias embaixo de viadutos para ensinar o esporte a moradores de rua (Paulistano Nota 10, 19 de junho), podemos observar que a fábula sobre o beija-flor que tenta apagar o incêndio da floresta tem total sentido e pode dar resultados concretos. Nilson Garrido é um desses beija-flores. Que bom seria ver mais beija-flores atuando em outros viadutos, em cada esquina, em cada comunidade. As ações não precisam vir das autoridades ou por decreto. Elas devem vir, simplesmente, da própria ação da sociedade. É a partir daí que se constrói um mundo melhor para todos. Wagner Fernandes Guardia

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Alegro-me em saber que ainda existem pessoas no mundo que se importam com os outros e têm iniciativa. Na reportagem citada, foi apresentado um relato do professor de boxe que tirou alguns jovens do mundo da droga. Um dos maiores problemas do mundo atual, sem sombra de dúvida, é o uso de drogas. Outro grande problema são as iniciativas erradas do governo para tentar resolver a questão. No Brasil, por exemplo, a solução para todos os males são as bolsas. No caso, a Bolsa Crack, conhecida também como Cartão Recomeço, que consiste em um auxílio de aproximadamente 1.350 reais por mês para famílias que possuem algum dependente. Uma solução ruim, no meu ponto de vista, assim como as outras bolsas, pois nem sempre essa verba é realmente direcionada para o que deveria ser. O professor mostra que é possível transformar a bolsa crack em “bolsa para craques do esporte”. Mariana Moraes Bueno de Oliveira

Extraordinária a história de Nilson Garrido! Precisamos de mais pessoas e de mais iniciativas como essa. Lembrei-me de uma ação parecida e vitoriosa, iniciada a partir dos anos 50 nas prisões americanas, onde os capelães dirigiam e estimulavam os detentos a praticar o boxe. Daí surgiram dois campeões mundiais: Floyd Patterson e Sonny Liston, além de outros ranqueados, como Ron Lyle e Greg Page. Francisco de Paula Nardon

Criminalidade

Se a criminalidade continuar crescendo dessa maneira (“Basta!”, 12 de junho), em alguns anos a cidade será como o seriado The Walking Dead, no qual os mortos-vivos (assaltantes) atacam os vivos (as pessoas de bem). Li a última A Opinião do Leitor e observei que todos os que escreveram estão corretos: polícia engessada com interesses particulares, direitos humanos que só defendem ladrões, políticos que não dão a mínima para o cidadão e só querem enriquecer à custa do estado e administradores que não entendem nada de polícia, só querem manter a cadeira. A origem do problema é o descaso dos governantes com a periferia. Deixaram as favelas crescer de maneira desordenada. Não sou contra o pobre, mas sim contra a pobreza. É com a pobreza que os políticos ganham dinheiro, construindo “comunidades”, hospitais, creches e bolsa família, entre outros benefícios, sempre na busca de votos. Chega de conversa fiada. Precisamos de atitude. José Carlos Vaz Parreira

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