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Caminhões-pipa em Itu são escoltados pela Guarda Civil

Com racionamento desde fevereiro, a cidade é abastecida com a compra de três milhões de litros de água por dia; estado tem problemas em 68 municípios

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h58 - Publicado em 16 out 2014, 10h54

Os caminhões-pipa que circulam em Itu por causa da falta d’água estão sendo escoltados há aproximadamente duas semanas por viaturas da Guarda Civil Municipal. A medida foi adotada para evitar que moradores abordem os veículos para pegar o líquido.

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A GCM é informada pela manhã sobre o trajeto dos caminhões. Dessa forma, a escola é organizada.

Com racionamento desde fevereiro, Itu está sendo abastecida com a compra de três milhões de litros de água por dia em outras cidades. No último domingo (12), no quarto protesto contra a falta de água, moradores interditaram uma rodovia e incendiaram um ônibus.

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A falta d’água atinge 13,7 milhões de pessoas em 68 municípios de São Paulo, fora a capital. Desses, 38 já adotaram o racionamento.

Grandes cidades do interior, como Campinas, Piracicaba e Americana sofrem com a falta de água, mas não assumiram o racionamento. Na terça-feira (14), atendendo a pedido do prefeito Jonas Donizete (PSB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou o aumento na liberação de água do Sistema Cantareira de 3 metros cúbicos por segundo para 3,5 metros cúbicos por segundo para evitar o colapso no abastecimento de Campinas.

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De acordo com a empresa de saneamento da cidade, as altas temperaturas fizeram o consumo aumentou de 2,8 para 4 metros cúbicos por segundo. A má qualidade da água do Rio Atibaia, onde é feita a captação, fez com que o volume tratado fosse reduzido. Desde a última sexta-feira (10), a empresa utiliza 20 caminhões-pipa para atender os bairros mais afetados.

Em Bauru, 158 bairros vão conviver com rodízio que começou na quarta-feira (15). Já a cidade de Americana adotou o rodízio entre os sistemas de captação para preservar os reservatórios, mas não admitiu o racionamento oficialmente. O procedimento vale para toda cidade.

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Em Piracicaba, desde o início do mês, pelo menos vinte bairros – mais de 100 000 pessoas – ficaram sem água. Moradores afirmam que há um rodízio disfarçado. O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) alega que o desabastecimento foi causado por avaria em uma adutora. O Rio Corumbataí, que abastece o município, está com nível muito baixo. Salto e Guararapes também optaram pelo racionamento esta semana.

Oração

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Em Franca, a seca reduziu em 45% a vazão do Rio Canoas – o principal manancial da cidade – e em 65% a do Córrego Pouso Alegre. Na quarta-feira, ao visitar um dos reservatórios e saber que os cortes de água começariam, o vereador e pastor Otávio Pinheiro (PTB) rezou pedindo chuva, com outros doze vereadores e o diretor da Sabesp, Rui Engracia. “Fiquei muito assustado quando vi aquela situação, com o rio baixo e cheio de terra”, justificou.

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Na cidade, a Sabesp não assumiu oficialmente o racionamento, mas divulgou uma lista com dezenas de bairros que estão tendo o corte de água. Todo dia, 27 caminhões-pipa buscam água em represas da região para completar os reservatórios.

O município de Cruzeiro, no Vale do Paraíba, adotou o racionamento na terça-feira (14), em razão do baixo nível dos Rios Batedor e Passa Vinte. Com o rodízio, o abastecimento fica interrompido durante 24 horas, em dias alternados.

Moradores de Redenção da Serra reclamam da interrupção no abastecimento e da qualidade da água, mas a Sabesp informou que os problemas foram pontuais e já estão corrigidos.

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