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Bichos viram mascotes em empresas

Para descontrair ambiente, firmas permitem a presença de animais

Por Edison Veiga
Atualizado em 5 dez 2016, 19h23 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

Todos os dias, por volta das 9 da manhã, Maktub fica numa agitação só. O boxer sabe que, quando a publicitária Silvana Tinelli sai para o trabalho, ele vai a tiracolo. Com 7 meses de idade, o cão praticamente integra o quadro de 65 funcionários da agência novaS/B, no Jardim Paulistano. “É o terceiro boxer que convive com a gente nesses dezessete anos da empresa”, conta Silvana. “Ele humaniza a agência e nos dá alegria.” Maktub tem liberdade para circular e entrar nas salas e, duas vezes por semana, é adestrado por um treinador particular. Ah, sim. Ele não é o único animal que freqüenta o pedaço. Não raras vezes, os jabutis Michelangelo, Felippo, Rafaelli e Luana aparecem de mansinho no meio de reuniões. “Esses bichos fazem com que nos sintamos em casa”, diz o publicitário Valmir Leite. Claro que, para a convivência dar certo, o animal precisa ser saudável e comportado. Sharon, da raça labrador, “bate cartão” na Ricardo Aquino Arte e Design, loja de decoração em Pinheiros. “Ela nunca quebrou nenhuma das minhas delicadas peças”, diz o designer Ricardo Aquino. O fotógrafo Alvaro Elkis, que trabalha com dois colegas num estúdio nas Perdizes, é rigoroso com seu golden retriever. “O João não mexe em nada porque sabe que, se derrubar algo, fica para fora.” Para a sorte dos que não toleram animais de estimação ou, no máximo, gostam deles desde que bem longe, lá fora, amarradinhos, ainda são poucas as empresas paulistanas que liberam seus corredores para a bicharada. “Estudos comprovam que a presença de mascotes no ambiente de trabalho reduz o stress e a ansiedade dos funcionários”, diz o zootecnista Alexandre Rossi, que leva dois vira-latas para o seu escritório em Pinheiros. “Os benefícios para os cães também são enormes, já que eles gostam de fazer parte de um grupo.” A buldogue francesa Pig precisou enfrentar as urnas antes de conviver com os vinte funcionários na sede da fábrica de rações Premier Pet, no Brooklin. “Ela foi aceita por unanimidade”, conta Daniela Komatsu, coordenadora de marketing. A empresa batalhou ainda por uma autorização especial da administradora do edifício comercial onde está situada para que a cachorra pudesse entrar e sair todos os dias. Já a advogada e empresária Ruth Vallada, diretora do showroom da fábrica de móveis Clássica Design, no Campo Limpo, encontrou outra maneira de driblar o descontentamento de alguns funcionários. Os vira-latas Spike e Kita ficam entre os móveis do showroom, onde são bem-aceitas e divertem o ambiente. “Lá na fábrica, elas vão pouco. Levo-as para o almoço, no refeitório, em um cantinho que é delas”, diz. “Alguns funcionários não gostam muito, mas ninguém chega a reclamar.” Quem decidiu ter uma mascote na empresa não se arrepende. “A Farah até ajuda nas vendas”, garante Eneida Bertolucci, sócia da loja de luminárias Bertolucci, na Lapa. “Quando o cliente vem com criança, então, ela se derrete toda.” Esse apelo, digamos, comercial dos animais foi bem explorado pela loja de produtos de natação Pro Swim, no Campo Belo. “Há dez anos temos nosso chow-chow na empresa”, conta a gerente Mônica Freitas. O cachorro, que alegra principalmente a meninada, estampou o cartão de Natal da empresa e inspirou até um bichinho de pelúcia chamado Chowchinha – um cãozinho estilizado vestindo sunga e óculos de natação.

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