Continua após publicidade

Voluntária, pianista toca para pacientes em hospitais e residências

Betth Ripolli sofria agressões do ex-marido, mas deu a volta por cima através da música 

Por Adriana Farias
Atualizado em 27 dez 2016, 16h11 - Publicado em 13 ago 2016, 00h00

Em 1987, a pianista Betth Ripolli decidiu encerrar o casamento por causa do comportamento repressor do marido. Apaixonada por música, era impedida de se apresentar em restaurantes ou tocar em festas na casa de amigos. “Ele dizia ‘mulher minha não sai à noite, quem faz isso é biscate’”, relembra. Com o divórcio, Betth passou a ser perseguida e sofrer agressões físicas. 

Em uma ocasião, foi arrastada pelos cabelos no prédio onde morava, na Vila Nova Conceição, e ameaçada de morte. Em outra, teve o carro avariado ao sair de um bar. “Fiquei um mês sob a escolta de um segurança.” Ao todo, registrou sete boletins de ocorrência contra o ex. A encrenca durou quatro anos e só foi resolvida por meio de um acordo, em que ficou acertado que ela retiraria as queixas sob a condição de que ele parasse de incomodá-la.

+ Criadora de ONG, corretora castrou cerca de 17 000 cães e gatos

Para superar o trauma pelo assédio, Betth resolveu apresentar-se publicamente. No caso, escolheu os hospitais como seu principal palco. Nos últimos quinze anos, mais de 10 000 pacientes e outros espectadores assistiram a seus shows em instituições como Santa Catarina, Sírio-Libanês e Albert Einstein. Nesse período, ela colecionou relatos emocionantes. “Uma vez, depois de dedilhar Fascinação, clássico na voz de Elis Regina, no Hospital do Coração, um senhor veio me agradecer, pois sua mãe havia acabado de morrer feliz, ouvindo sua canção favorita”, contou. Outro caso marcante foi o encontro com um paciente renal. “Ele não saía da cadeira de rodas, mas gostou tanto da apresentação que fez força para se levantar e me abraçar.”

Continua após a publicidade

A boa repercussão fez com que a ação fosse expandida também a asilos, como a Casa Bonsai Recanto do Idoso, em Piracicaba, no interior paulista, onde Betth se apresenta quinzenalmente. Ela também frequenta a residência de paulistanos que sofrem de doença terminal ou debilitante. Em algumas dessas atividades, oferece uma palestra com relatos de sua história. “Nesses momentos, costumo tocar Sonho Impossível, conhecida na voz de Maria Bethânia”, diz. Aos 64 anos, Betth concilia o trabalho voluntário com eventos corporativos, tem quatro CDs lançados e publicará a autobiografia A Autoconfiança – Oxigênio da Vida, no dia 3 de outubro.

Harmonia Eventos Musicais

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.