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Atuação de mulheres como guarda-costas e vigilantes é cada vez maior

Número de seguranças do sexo feminino cresceu 40% nos últimos cinco anos

Por Fabio Brisolla
Atualizado em 5 dez 2016, 19h29 - Publicado em 18 set 2009, 20h29

De roupa de ginástica justinha, Miriam Barbosa supervisiona os movimentos de uma aluna numa academia de ginástica. Quem vê até pensa que é personal trainer. Seu instrumento de trabalho, porém, é uma pistola Glock, capaz de descarregar quinze tiros em três segundos. “Nunca precisei usá-la”, conta Miriam, uma das 100 guarda-costas em ação na cidade. Somadas as vigilantes que atuam nas agências bancárias, recepções de edifícios comerciais e baladas, há 5 000 mulheres de preto que passam o dia preocupadas com a proteção alheia. Ainda são poucas em relação aos homens, é verdade, mas totalizam 7% dos 70 000 profissionais registrados no Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de São Paulo (Sesvesp) – número 40% maior que há cinco anos. “Nossa atividade deixou de ser ligada somente à força bruta”, avalia Tatiana Diniz, presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança. “Hoje valoriza a prevenção e a sensibilidade.”

A diferença numérica entre as que atuam na guarda pessoal ou patrimonial deve-se à formação. Miriam e suas colegas fizeram, além do curso básico com duração de dezesseis dias, mais uma especialização de 40 horas, após a qual ganharam o direito de portar pistolas. Recebem, em média, 5 000 reais mensais – bem mais que as responsáveis por monitorar agências bancárias, cujo salário não ultrapassa os 1 400 reais. Neste caso, só podem usar revólveres calibre 38. “Larguei a vida de dona-de-casa”, conta Andréia Cristina Liria, que há três anos cumpre expediente de oito horas diárias nos corredores de grandes empresas paulistanas. Segundo ela, os problemas cotidianos que enfrenta em nada diferem dos de seus colegas do sexo masculino. “Quando aparece uma figura mais exaltada, sempre consigo acalmar os ânimos”, diz. A vigilante Vanessa Brandão, líder de uma equipe de quinze pessoas, ressalta a importância de saber se impor. Ela e seus companheiros atuam numa metalúrgica, onde, com seu estilo linha-dura, conquistou respeito. Certa vez, um operário passou-lhe uma grosseira cantada. “Comuniquei ao chefe dele, que o demitiu na hora.”

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