Falha provoca atraso na emissão de passaportes em São Paulo
Problema no sistema tem causado transtornos para quem precisa de documento; Polícia Federal afirma que falha não tem a ver com uma paralisação de funcionários
Uma falha no sistema de emissão de passaportes dificulta a retirada do documento na Polícia Federal. Na segunda-feira (10), o sistema saiu do ar por volta de 10h30, informaram funcionários. A sede da Polícia Federal na Lapa ficou abarrotada não só das pessoas marcadas para aquele dia, mas também de quem não havia conseguido fazer o passaporte na semana anterior. Havia relatos de falta de sistema na quarta (5) e sexta-feira (7).
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De acordo com comunicado divulgado pela PF, o problema acontece por causa de “falhas nos links de dados que interligam a Polícia Federal no Estado de São Paulo aos servidores centrais localizados na Coordenação Geral de Tecnologia da Informação da Polícia Federal, em Brasília”.
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Não há previsão para o restabelecimento do sistema. A PF afirma já ter solicitado reparos às fornecedoras de serviços contratados e aguarda a resolução do problema. A corporação ressalta que no contrato com as empresas estão previstas sanções por falhas técnicas, que serão aplicadas.
“É uma situação intermitente, há momentos em que o sistema funciona e outros em que ele não funciona”, diz Diógenes Pérez Souza, delegado da Delegacia de Polícia de Imigração. “Nós não temos controle porque o problema nas operadoras de links de transmissão de dados é externo à Polícia Federal.”
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A orientação da PF para os que agendaram a emissão dos passaportes e não conseguiram retirá-los é que, dentro do período dos dez dias seguintes à data agendada, eles compareçam mais uma vez ao local de retirada, portando o agendamento prévio, no horário que lhes for mais conveniente.
Greve
Segundo a PF, a dificuldade na emissão de passaportes está relacionada apenas a problemas técnicos e nada tem a ver com uma paralisação de funcionários da corporação que ocorre nesta quarta-feira em São Paulo.
O Sindicato dos Servidores Públicos Civis Federais do Departamento de Polícia Federal no Estado de São Paulo (Sindpolf) também afirma que a paralisação não atingiu a parte do efetivo que trabalha com a emissão de passaportes, apenas o setor interno da corporação, que cuida de investigações, escoltas e outras operações.
Segundo Renato Deslandes, diretor de comunicação da Federação Nacional dos Policiais Federais, a corporação quer manifestar descontentamento, principalmente, com o “sucateamento” da categoria. “É a única carreira federal que amarga um congelamento salarial desde 2009”, diz. “Somente no ano passado, 115 abandonaram a carreira.”