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Julgamento de filha acusada de matar pais em Alphaville ocorre neste mês

Roberta Tafner e seu marido, Willians de Sousa, foram presos por assassinar Wilson Tafner e Tereza Cobra em 2010

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h12 - Publicado em 3 Maio 2016, 20h23

Em dezembro de 2010, Roberta Tafner e seu marido, Willians de Sousa, foram acusados de matar os pais dela, Wilson Tafner e Tereza Cobra, em Alphaville, região da Grande São Paulo. Chegaram a ficar presos por cerca de dois anos. Desde então, entretanto, estão livres. Passados seis anos do caso, o julgamento está marcado para dia 18 de maio, às 10 horas, no Fórum Criminal de Barueri.

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Na época, o casal foi detido depois que laudos do Instituto de Criminalística de Osasco revelaram que o sangue da amostra colhida no banheiro de sua casa era compatível com o de Tereza, mãe de Roberta. Esse mesmo material foi encontrado em outros quinze pontos entre a residência das vítimas e a dos acusados.

Tais evidências foram suficientes para que se obtivesse mandado de prisão preventiva contra os dois, sob a acusação de homicídio triplamente qualificado: meio cruel, sem possibilidade de defesa das vítimas e motivo torpe, já que a polícia acredita que mataram por dinheiro.

Na época, o desembargador Otávio de Almeida Toledo manteve a prisão dos acusados para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal. Em 2012, o casal pediu habeas corpus, que foi negado. Porém, por falta de provas, acabou sendo solto.

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De acordo com o advogado Marco Paiva, que defende Roberta e Sousa, o caso se tratou de um suicídio dos pais e não um assassinato. Ele afirma ainda que a investigação foi fraca e Wilson não tinha bens no banco e nem seguro de vida milionário.

RELEMBRE O CASO

Na madrugada de 2 de outubro de 2010, o casal Wilson Tafner e Tereza Cobra estavam se preparando para dormir quando foram surpreendidos por um criminoso. Munido de uma faca, o assassino desferiu 26 estocadas nas vítimas, todas na cabeça e no rosto. Como em determinado momento o cabo da arma se soltou, o criminoso foi até a cozinha, abriu o gaveteiro das facas, pegou outra e concluiu a empreitada.

“Saber onde estavam as facas, além do fato de os cachorros não terem latido, indica que o autor conhecia as vítimas”, afirmou Marcos Velloza, chefe de investigação na época. “E a barbaridade dos golpes revela ódio e vingança.” A apenas 65 metros desse cenário de horror fica a casa de Roberta e Sousa. Trata-se de uma residência ampla, com piscina, que os pais tinham cedido para que a filha, casada há um ano, se instalasse com o marido.

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Sousa, marido de Roberta, não trabalhava no momento do crime. Já a esposa era advogada como a mãe e foi demitida três meses antes do crime do escritório de Tereza por suspeita de desfalque. A relação entre mãe e filha vinha se deteriorando desde seu casamento, realizado em comunhão de bens, contra a vontade da mãe.

De acordo com testemunhas, Roberta e Sousa pressionavam os pais dela para que passassem a casa onde moravam para o nome dos dois e cedessem 30% da empresa paterna. Wilson Tafner deixou alguns seguros de vida, que totalizam 1 milhão de reais. Filha única do casal, Roberta tem apenas um irmão por parte de mãe, Maurício, com quem era brigada.

Roberta 2196
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