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Após prisão de Marin, CBF age para ‘blindar’ Marco Polo Del Nero

Entidade que comanda o futebol nacional afastou o ex-cartola e retirou o nome do dirigente da fachada de sua sede no Rio de Janeiro 

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h50 - Publicado em 28 Maio 2015, 10h19

Horas depois da prisão de José Maria Marin, de 83 anos, suspeito de integrar esquema de corrupção na Fifa, a CBF deu início a uma operação para blindar o atual comandante da entidade, Marco PoloDel Nero. A intenção é dissociar qualquer ato que envolva o dirigente que “governou” até o dia 15 de maio passado da atual administração. O nome de Del Nero não foi citado nas investigações feitas pela polícia americana nem pelas autoridades suíças.

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O secretário-geral da entidade, Walter Feldmann, disse que o ambiente na sede da CBF está “tranquilo” e que o expediente segue com normalidade. “Queremos o aprofundamento das investigações, o esclarecimento total dos fatos”, afirmou. Ele insistiu que Del Nero assumiu a presidência apenas em 16 de maio e que, desde então, tem trabalhado “para modernizar e dar transparência à gestão”.

Del Nero foi vice de José Maria Marin, mas o secretário-geral não acredita que a prisão do octogenário dirigente possa respigar no atual presidente. “A função (na CBF) é muito clara. O presidente é quem dá das determinações. Não há a menor preocupação nossa ou do Del Nero”, afirmou Feldmann.

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Na quarta pela manhã, a CBF divulgou nota oficial, de apenas quatro linhas, em que, sem citar nome algum, defende as investigações, ressalta que a administração Del Nero teve início em 16 de maio e diz que “a entidade aguardará, de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente”. 

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Após a prisão de Marin, a CBF afastou o cartola e, na manhã desta quinta, retirou o nome do ex-dirigente da fachada de sua sede no Rio de Janeiro. A Fifa o puniu com uma suspensão temporária de todas as atividades no futebol.

Sede da CBF
Sede da CBF ()

Prisão modelo

Uma cela individual com banheiro, numa prisão modelo da Suíça. O Departamento de Polícia do país alpino revelou na manhã desta quinta (28) que José Maria Marin “passa bem” e que recebe todos os serviços que são garantidos a detentos, inclusive assistência jurídica.

As autoridades decidiram dividir os dirigentes presos nesta semana em diferentes locais para evitar que possam “conversar ou trocar informações” sobre o caso. À reportagem o porta-voz da polícia de Zurique confirmou que o brasileiro está em uma das prisões da região. Mas evitou dar a localidade exata por “motivos de segurança”. “O que podemos garantir é que todos os direitos humanos do brasileiro estão sendo assegurados”, afirmou. Ele garantiu que Marin “passa bem” e que não tem apresentado qualquer tipo de problemas de saúde.

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 O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, não solicitou assistência do governo brasileiro ao ser detido nesta quarta-feira em Zurique. Informações do Itamaraty indicam que, apesar de o cartola ter o direito de pedir um acompanhamento do consulado e de diplomatas, nenhuma medida foi tomada neste sentido. Todos os brasileiros têm direito a receber tal ajuda, principalmente em casos de extradição. Como princípio, o Brasil não aceita entregar a uma Justiça estrangeira um nacional. 

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Marin foi preso na manhã desta quarta no hotel Baur au Lac, em Zurique, e aguarda em uma prisão da região da cidade uma eventual extradição aos Estados Unidos. Segundo fontes próximas à CBF, ele passou o dia em busca de advogados na Suíça e nos EUA e deve resistir à extradição. Ao sair do hotel, Marin estava abatido. Segundo pessoas que acompanharam o caso, ele teria apenas tido. “Mas sou só eu? Onde estão os outros?”. 

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