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Procura por hospedagem para a Copa mais que dobra

Paulistanos querem faturar com "aluguel" de suas casas e apartamentos

Por Nataly Costa
Atualizado em 1 jun 2017, 17h24 - Publicado em 21 mar 2014, 18h31

O produtor cultural Sidnei Martins, de 40 anos, não liga para futebol, mas anda animadíssimo com a Copa, que ocorrerá por aqui entre 12 de junho e 13 de julho. Isso porque ele é proprietário de um apartamento de 40 metros quadrados na Bela Vista, que aluga por 120 reais a diária para turistas em curta temporada. “Tanta gente me procura que estou pensando em me mudar para o sobrado dos meus pais, na Zona Leste, e fazer uma grana extra durante o campeonato”, diz. Martins está entre os 2 000 paulistanos que aderiram aos serviços do Airbnb, a principal rede social de locações provisórias, presente em 194 países. Desde janeiro de 2013, o site apontou um aumento de 213% na oferta de residências em São Paulo, grande parte desse contingente de olho no Mundial. Há desde casarões em bairros nobres, como Morumbi e Pacaembu, até lofts na Vila Madalena e nos Jardins. Não por acaso, no mesmo período, a página registrou um crescimento de 168% na demanda por acomodações na capital.

 

 

Alugar um quarto ou mesmo uma casa inteira sai muito mais barato do que ficar num hotel. Segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), as diárias na cidade hoje estão em torno de 295 reais. Nos dias de jogos da Copa, o valor poderá subir para 500 reais. No Airbnb, os preços ficam, em média, entre 120 e 220 reais. A busca por esse tipo de estada começou a se popularizar em todo o Brasil e agrada principalmente aos estrangeiros. Segundo o Ministério do Turismo, em 2006, 59% das pessoas que visitavam o país escolhiam a hospedagem tradicional. Em 2012, esse número caiu para 52%, ao passo que o aluguel de curto prazo pulou de 8% para 12%.

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Mas é claro que, mesmo no Airbnb, as cotações estão subindo. Há quem cobre até 600 reais por dia por um apartamento no centro nos meses de junho e julho. “Estou alugando um quarto por 211 reais. Na Copa, vai ser o dobro”, avisa a organizadora de eventos Cristina Putz, que há três anos disponibiliza sua casa no Morumbi, na Zona Sul, para esse serviço.

“Não regulamos o mercado, mas fazemos sugestões do que é razoável pedir, com base no tipo de acomodação, no bairro e na demanda”, explica Christian Gessner, diretor-geral do Airbnb no Brasil. “Compartilhamos uma pesquisa feita durante a Olimpíada de Londres, em 2012, que mostra que quem inflou demais os preços durante o evento acabou ficando sem hóspede.”

Aluguel por temporada na Copa - Airbnb - Tabela
Aluguel por temporada na Copa – Airbnb – Tabela ()
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Para não correr esse risco, o casal formado pelo empresário Wolfgang Menke e pela executiva Renata Baccarat adotou um meio-termo. Eles aumentaram 40% a diária de 140 reais de um quarto no apartamento que mantêm em Pinheiros, na Zona Oeste. Resultado: só no mês da Copa, vão receber uma dupla de ingleses, um casal de americanos e dois alemães — em períodos diferentes. “Alguns amigos acham que somos malucos, mas nunca tivemos problemas. O dinheiro extra me permitiu sair do emprego de publicitário e abrir um escritório a duas quadras de casa”, conta Menke. Mais empolgados que os anfitriões estão os hóspedes. Casado com uma brasileira, o professor americano Dave Hossler convenceu a mulher a alugar o apartamento em Chicago, nos Estados Unidos, no esquema Airbnb, e usar parte do valor para vir aos jogos no Brasil pelo mesmo sistema. Vão passar por São Paulo, Brasília, Curitiba, Rio e Salvador. “Em todas as cidades, ficaremos em apartamentos bem localizados, onde os hotéis são caríssimos.”

Evite roubadasao se hospedar…

1 Analise o perfil do anfitrião e consulte as regras da casa ou do condomínio

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2 Leia com atenção os comentários deixado spor hóspedes anteriores

3 Seja cordial: se o proprietário ficar no imóvel, vale levar um presente ou separar uma noite para um jantar

4 Pesquise outras opções nas redondezas e desconfied e preços muito abaixo da média. Para ter ideia de como é o bairro, use imagens do Google Street View

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…e ao receber alguém em casa

1 Selecione bem o hóspede antes de fechar o negócio. Se tiver amigos em comum com a pessoa, melhor

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2 Deixe claro o que está incluso (wi-fi, por exemplo) e o que é extra (faxina, uso do telefone etc.)

3 Fale a verdade ao anunciar, com fotos claras e de diferentes ângulos do imóvel

4 Ajude o hóspedea se localizar na cidade: indique o metrô mais próximo, padaria etc.

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