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Espaço nomeado de Adalbertolândia diverte a criançada

Conheça a história do publicitário que mantém um parque infantil gratuito desde 1969 em Perdizes

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h42 - Publicado em 23 ago 2013, 17h43

Um parquinho de 300 metros quadrados com brinquedos antigos chama a atenção de quem passa pela esquina das ruas Plínio de Morais e Professor Paulino Longo, em Perdizes. O carrossel de madeira, a gangorra, a casa do Tarzan e as dez trilhas construídas entre trinta árvores são resultado da criatividade do publicitário aposentado, e marceneiro amador, Adalberto Costa de Campos Bueno, que completou 87 anos na quarta 21.

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Com o nome de Adalbertolândia, o modesto espaço recebe cerca de cinquenta crianças a cada fim de semana. O terreno foi comprado por sua família no começo dos anos 50 e permaneceu vazio duas décadas, até surgir a ideia de aproveitá-lo para a garotada se divertir de forma segura em uma São Paulo que começava a sofrer o impacto do crescimento. “Eu ficava com receio de ver as crianças da vizinhança brincando em meio aos carros na rua”, explica.

Após um mês reformando brinquedos que adquiriu de segunda mão, Bueno abriu as portas do espaço em 12 de junho de 1969, sem cobrar nada pelo ingresso. “É a única ‘lândia’ de graça”, brinca. “Quando digo que não é pago, as pessoas estranham, pois não estão acostumadas a receber algo sem dar nada em troca.”

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Com 44 anos de existência, o parque de sete brinquedos já divertiu gerações. “Uma vez ouvi uma senhora dizendo a uma menina: ‘Brinquei aqui quando era pequena, o dono já devia ter morrido’. Respondi: ‘Diz para a vovó que estou vivo’.” O terreno, avaliado em 700 000 reais, costuma ser alvo de construtoras e escolas infantis, mas não há planos para vendê-lo. “Nada paga o prazer de ver as crianças brincando aqui”, afirma o aposentado, que gasta cerca de 300 reais por mês com a manutenção.

Avô de Alexandre, de 7 anos, Bueno vê no neto a esperança de que a iniciativa sobreviva e sirva de modelo para outros terrenos abandonados na capital. “Ele adora ficar comigo na oficina montando e desmontando brinquedos, como eu fazia”, conta.

Nome: Adalberto Costa de Campos Bueno

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Profissão: publicitário

Realidade que transformou: mantém um parque infantil gratuito que funciona desde 1969 em Perdizes

 

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