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Acusados de fraudar provas, PMs são presos por morte de travesti

Laura Vermont teria sido espancada após fugir com o carro dos policiais e bater em um poste na Zona Leste; vídeo com imagens fortes mostra a vítima ensanguentada

Por Veja São Paulo (Com Estadão Conteúdo)
Atualizado em 5 dez 2016, 12h21 - Publicado em 23 jun 2015, 16h38

Dois policiais militares suspeitos de matar uma travesti na Zona Leste de São Paulo estão presos no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. O caso aconteceu no fim de semana. Ailton de Jesus, de 43 anos, e Diego Clemente Mendes, de 22, também são acusados de forjar provas e de prestar declarações mentirosas na delegacia para escapar da prisão.

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Segundo a Polícia Civil, a travesti Laura Vermont, nome adotado por David Laurentino de Araújo, de 18 anos, foi a uma festa na Avenida Nordestina, na região da Vila Jacuí, na madrugada de sábado ((20). Lá, brigou com outra travesti e ficou com ferimentos no rosto e em outras partes do corpo.

Vídeo com imagens fortes divulgado pela Ponte mostra Laura caminhando desorientada e ensanguentada pela Avenida Nordestina por volta das 4h.

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A abordagem

A Polícia Militar foi chamada e os dois agentes suspeitos tentaram apartar a briga. Laura escapou da abordagem, fugiu dirigindo o carro dos policiais, mas acabou batendo em um poste.

Em seguida, ainda de acordo com as investigações, teria sido alcançada e começou a ser agredida pelos oficiais, que só pararam com a chegada da família da travesti, que a levou para um hospital próximo, onde morreu. De acordo com laudo do Instituto Médico-Legal, Laura levou pelo menos um tiro no braço da arma de um dos policiais envolvidos na ocorrência.

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Inicialmente, os oficiais contaram na delegacia que, após fugir no carro oficial e colidir com um poste, a travesti bateu a cabeça contra um muro e, mesmo atordoada, saiu andando e bateu a cabeça em um ônibus.

Os PMs informaram ainda que levaram Laura para o hospital. Eles apresentaram uma testemunha que, depois, confessou que teve de escrever em um papel o que iria dizer no depoimento para não prejudicar os policiais.

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A farsa só foi descoberta porque a mãe de Laura ligou para a Corregedoria da PM e também localizou testemunhas que desmentiram os policiais (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo).

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