Em cartaz desde outubro, a peça Os Crimes do Preto Amaral ganhou um ingrediente novo. Ao final de cada apresentação, circula um abaixo-assinado (já com 300 signatários) contra a permanência de uma escultura de José Augusto do Amaral (1871-1927) no Museu do Crime, na Cidade Universitária. “Ele é chamado de criminoso pelo museu, mas nunca foi julgado”, argumenta o autor e diretor do espetáculo, Paulo Faria. Acusado de violentar e matar três adolescentes, Amaral morreu no cárcere antes de ser submetido ao tribunal. A peça levanta a hipótese de que o racismo tenha influenciado a sua prisão.