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A reabertura da alça de acesso do Complexo Viário João Jorge Saad causa problemas

Vizinhos do Parque do Ibirapuera entram na Justiça contra obra viária

Por Fernando Cassaro
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Em 1997, quando o então prefeito Celso Pitta inaugurou parte do Complexo Viário João Jorge Saad, o Cebolinha, uma alça de acesso que unia as avenidas Pedro Álvares Cabral e IV Centenário provocou chiadeira entre moradores do Jardim Luzitânia, ao lado do Parque do Ibirapuera. Eles reclamavam que, além do corte de árvores para a construção da via, houve aumento no fluxo de veículos, o que acabou com o sossego da região. Depois de seis anos de brigas, a tal passagem foi fechada e transformada em praça, anexada ao parque. Mas a batalha recomeçou. Em janeiro deste ano, o Ministério Público Estadual obrigou a prefeitura a abrir novamente a ligação de 50 metros. A Sociedade dos Moradores e Amigos do Jardim Luzitânia (Sojal) entrou na Justiça e conseguiu uma liminar contra a obra.

Segundo os moradores, a área já estava tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) em 1997 e não poderia sofrer alterações. O promotor de Habitação e Urbanismo, José Carlos de Freitas, diz que a via existia fazia décadas. “Em 1997, ela teve apenas seu traçado modificado”, afirma. O Conpresp não se pronuncia sobre o caso. Para o secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Ricardo Dias Leme, no entanto, os vizinhos terão de se acostumar com o trânsito. “A prefeitura apóia o Ministério Público e vai questionar essa liminar na Justiça.”

Caso a alça seja realmente aberta, a Avenida IV Centenário pode se transformar em um caminho a mais para quem vem de Moema e pretende chegar à Vila Nova Conceição (e vice-versa). Seria uma alternativa à congestionada Ibirapuera. “Não se pode dar tanto valor aos automóveis em detrimento das pessoas”, diz o presidente do conselho da Sojal, Sérgio Saad. Além disso, moradores se manifestaram contra a retirada de mais uma área verde da cidade. O promotor vê em toda essa movimentação uma tentativa de transformar o Jardim Luzitânia em um condomínio fechado, com acesso restrito apenas aos proprietários. “Além de não passarem veículos por ali, eles têm direito a um posto policial privativo”, reclama. No fim de semana passado, os moradores retiraram uma das cancelas que impediam o tráfego na IV Centenário, na altura da Rua Menaldo Rodrigues. “É uma forma de mostrar que não pretendemos fechar nada”, explica a comerciante Karol Anness.

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