Peppino Cantina

Resenha por Arnaldo Lorençato e Saulo Yassuda

Talvez muitas pessoas ainda se lembrem do bar de mesmo nome que funcionou no lugar da Peppino Cantina. Foi um negócio etílico de vida breve do chef Rodolfo De Santis, escolhido o restaurateur do ano pela edição COMER & BEBER 2019/2020. Em agosto, o cozinheiro-empresário pôs para funcionar a trattoria que reinterpreta antigas cantinas da cidade, em especial a extinta Capuano — desse estabelecimento do Bixiga, De Santis comprou todos os objetos e as fotos da decoração. Antes de se dedicar ao cardápio, vale prestar atenção em detalhes como a bela balança Filizola, que deve ter passado dos 100 anos. Embora já conte mais de dois meses de funcionamento, esta é a única casa problemática do cozinheiro-empresário. Muitos pratos do cardápio reduzido e concentrado em massas precisam de algum retoque. É caso do fusilli fresco com braciola (R$ 43,00). A carne enrolada e cozida que acompanhava o macarrão trazia um palito que não se via em seu interior, e foi desagradável mastigar a madeira numa das visitas que fiz. Outra receita em descompasso, a lasanha da casa (R$ 52,00) tem um gosto pronunciado demais do presunto que vai no recheio. Aparecem como acertos o nhoque de consistência mais firme ao molho de tomate com burrata (R$ 42,00) e o tortelli de vitelo ao molho branco com ervilha e presunto em cubos (R$ 44,00), esse na justa medida. Enquanto o pedido é preparado, belisque a foccacia macia e quentinha (R$ 12,00). Finalize com a torta de maçã em cubos caramelados com sorvete soft de leite (R$ 22,00).

Informações checadas em novembro de 2019.