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5 motivos para ir a mostra de Yoko Ono

Você ainda acha que a artista é só "a viúva de um dos Beatles"? Esta lista vai te fazer mudar de ideia e correr para a exposição no Instituto Tomie Ohtake

Por Julia Flamingo
Atualizado em 5 abr 2017, 15h57 - Publicado em 4 abr 2017, 19h54
Aos 83 anos, a artista ganha retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake (©Yoko Ono/Veja SP)

Quando John Lennon conheceu Yoko Ono em 1966, ela apresentava seu trabalho numa galeria londrina e já era referência da arte conceitual e da performance. O músico subiu as escadas que compunham uma de suas obras, em busca da palavra “sim”, escrita no teto da galeria. Conta-se que foi depois de participar da experiência que John se apaixonou.

O romance dos dois fez dela uma celebridade – muitos, até hoje, ainda acreditam que ela foi apenas “a viúva de um dos Beatles”. A mostra em cartaz no Instituto Tomie Ohtake prova o contrário (a escada com a palavra “sim” é uma das 65 obras que formam a retrospectiva). Elencamos outros cinco fatos anteriores a paixão de John e Yoko que vão te convencer que ela é muito mais importante do que você imagina:

A artista no Carnegie Hall de Nova York

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1 – Ela quebra paradigmas desde pequena

Nascida em 1933, em meio meio a uma família rica, Yoko teve acesso aos melhor da educação japonesa. Aos 6 anos, estudou numa escola de música em Tóquio – frequentada até então só por meninos – onde aprendeu a tocar instrumentos e compor. Já jovem, foi a primeira mulher a ser aceita na faculdade de filosofia da universidade de Gakushuin, em Tóquio.

2 – Participou dos mais diferentes grupos artísticos no Japão

Logo depois da Segunda Guerra Mundial, nos anos 1950, os jovens japoneses decidiram mostrar todo o seu potencial artístico. Eles recusavam a influência da arte americana e eram muitos céticos quanto a tradicional cena artística do seu país. Yoko foi uma destas artistas de vanguarda, que tiveram como uma de suas maiores criações os Happenings – performances que propõe a participação do público.

A artista ao lado de John Cage e Peggy Guggenheim, no Japão, em 1962 (Cortesia de Yoko Ono/Veja SP)

3 – Foi amiga de John Cage e Marcel Duchamp

Depois de se casar com Toshi Ichiyanagi (seu primeiro marido, um dos maiores compositores nipônicos), Yoko mudou-se para Nova York ainda nos anos 1950, onde passou a conviver com outros artistas vanguardistas ligados ao movimento Fluxus. Nomes como John Cage, Marcel Duchamp, Peggy Guggenheim, Jasper Johns e Robert Rauschenberg conviviam diariamente na sua casa.

4 – Nunca quis vender uma obra de arte em toda a sua vida

A partir dos anos 1960, ela começou a produzir a série mais importante de sua obra – as chamadas Instruções. São convites escritos para que o público participe de experimentações. Para ela, a arte não é nada mais do que a relação entre as pessoas e uma maneira de trazer o equilíbrio e a paz entre elas. Assim, é por meio destes trabalhos que ela critica a guerra e a submissão da mulher, por exemplo.

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Na mesma medida, ela tirou o objeto de arte de cena (como um quadro ou uma escultura), questionando o mercado da arte e os valores absurdos que um trabalho pode atingir. Até hoje, nunca vendeu suas obras e detém 95% de tudo o que produziu (o resto foi doado para museus).

Por meio do livro Grapefruit, o público podia levar as Instruções para casa (©Yoko Ono/Veja SP)

5 – Criou uma das performances mais emblemáticas até hoje

Em Cut Piece, de 1964, Yoko instruiu o público a cortar as suas roupas. Ela sentou num palco com uma tesoura à sua frente e se colocou à disposição dos espectadores. Ela esperou pacientemente sem, ao menos, mudar sua feição. Um trabalho sofisticado e singelo, questionava o papel da mulher. A performance serviu de inspiração para artistas como Marina Abramovic tomarem riscos ainda maiores em susa produções.

 

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