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Muito medo e pouca culpa: a traição nos divãs de São Paulo

Psicólogos falam como os paulistanos lidam com o adultério nos consultórios

Por João Batista Jr., Luiz Henrique Ligabue, Nathalia Zaccaro e Daniel Bergamasco
Atualizado em 5 dez 2016, 16h07 - Publicado em 19 abr 2013, 20h01

Nos divãs de São Paulo, boa parte dos segredos dos pacientes a respeito de seus desejos e práticas sexuais demora várias sessões para ser revelada. O adultério, porém, passa longe dessa lista. “Em geral me contam logo quando levam vida dupla”, relata a psicóloga Maly Delitti. O peso na consciência e as demais questões éticas figuram em segundo plano ante os desabafos sobre o medo de ser pego. “A baixa tolerância à frustração dos dias de hoje, em diferentes áreas do comportamento, faz com que as pessoas estejam traindo mais”, acredita a psicóloga Denise Gimenez Ramos, com consultório em Perdizes. “Acham injusto se esforçar no próprio casamento enquanto há tantas histórias para viver.”

A diluição da culpa, entretanto, não significa pouco julgamento. Maly cita um exemplo recente. “A mulher traía, mas se justificava jurando que fazia aquilo ao se apaixonar, enquanto o marido infiel era um safado.” Quando há a descoberta da infidelidade, a bomba costuma pesar de modo diferente na autoestima do homem e na da mulher. As traídas querem saber se a outra é mais jovem e bonita. Para eles, a primeira pergunta é a seguinte: “O Ricardão me supera em dinheiro e prestígio?”. Diz a psicóloga Denise: “É comum que, ao descobrirem a infidelidade, elas corram para o dermatologista, pois se sentem feias. Já eles se vingam arrumando alguém de menos idade, mostrando que são poderosos”.

O perdão, avaliam, é possível quando quem pisou na bola convence o parceiro de que foi a última vez. Mas, uma vez abalada a confiança, o traidor em reabilitação precisa estar disposto a viver sob controle muito maior, o que obviamente não é fácil. “Em um tempo cheio de desconfianças, compartilhar a senha do Facebook e do e-mail é tido hoje como uma das maiores provas de amor que se pode dar”, afirma a terapeuta Eloisa Penna. 

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