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Três gerações da comédia se encontram no Risadaria

Evento relembra a <em>TV Pirata</em>, homenageia <em>A Praça É Nossa</em> e celebra o sucesso de <em>A Porta dos Fundos</em>

Por Bruno Machado
Atualizado em 1 jun 2017, 17h39 - Publicado em 14 jun 2013, 20h58

Começa a edição 2013 do Risadaria. Além das tradicionais apresentações de stand-up e exibições de comédias em salas espalhadas pela cidade, o evento dedicado ao riso lembra três gerações do humor brasileiros: A Praça É Nossa, TV Pirata e Porta dos Fundos.

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Criada em 1956 por Manoel de Nóbrega, com o nome de Praça da Alegria, o humorístico passou às mãos do filho, Carlos Alberto, que também mudou o nome da atração. Em 1987, estreava no SBT A Praça É Nossa, que permanece no ar há mais de duas décadas. Pelo feito, Nóbrega junta-se à Chico Anysio, Jô Soares e Renato Aragão entre os homenageados no Risadaria. “A homenagem não é para mim, mas para o meu pai e todos os artistas que fizeram e fazem a Praça”, orgulha-se. Os fãs do televisivo, inclusive, poderão se sentar no banco usado nas gravações. Durante os dez dias do festival, ele estará instalado no Conjunto Nacional.

 

Também participa do evento o redator Marcelo Madureira, responsável por um verdadeiro marco da televisão brasileira. Três décadas depois da estreia do humor inocente da A Praça da Alegria, a TV Globo transmitia TV Pirata, que permaneceu no ar entre 1988 e 1992, inspirada nas esquetes cômicas do Saturday Night Live e do Monty Python, caractéristicas pelo tom ácido e crítico das piadas. “Tínhamos Glauco, Laerte, Patrícia Travassos, Luís Fernando Veríssimo e muito mais gente talentosa na nossa equipe de redação. Era um verdadeiro dream team”, lembra Madureira, que também estará presente no evento. Na terça (18), participa de um debate sobre o programa junto de Ney Latorraca, Antonio Calloni e Serginho Groisman.

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Madureira é só elogios para outro sucesso do riso: a Porta dos Fundos, que a exemplo da TV Pirata, também estará presente no evento por meio de uma exposição fotográfica. Desde sua criação, em agosto do ano passado, o canal do YouTube, que reúne divertidos vídeos de Rafael Infante, Gregório Duvivier, Fábio Porchat, Clarice Falcão e outros, já acumulou mais de trezentas milhões de visualizações. “Eu acho muito triste que o Porta dos Fundos não esteja na televisão, em horário nobre, porque algumas pessoas acham que o humor deles é chocante demais para a TV. Isso só mostra como retrocedemos”, afirma o roteirista.

Porta dos Fundos
Porta dos Fundos ()

Nóbrega, por sua vez, comemora comemora a popularização do stand-up comedy, mas observa que esse gênero é mais antigo do que muita gente pensa. “José Vasconcellos já fazia stand-up nos anos 1940. Se você assistir aos filmes de gângsteres dos anos 30, vai ver que em cada bar já tinha um cara com microfone fazendo piadas”, afirma o responsável pela redação final de A Praça É Nossa, mas também de piadas de A Família Trappo (1967-1971), programas dos Trapalhões, durante os anos 1980, e colaborador frequente de Ronald Golias.

Já Madureira acredita que é hora do humor se diversificar para se adequar aos novos tempos. “Eu acho que temos de ter espaço para tudo. Desde A Praça É Nossa até o Pânico. Estamos vivendo na era do politicamente correto e isso é perigoso, pois significa que algumas pessoas estão decidindo por outras o que se deve e o que não se deve assistir. O humor foi o jeito que a humanidade encontrou pra resolver o seus problemas mais complicados.”

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