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Ativista pelos direitos dos transexuais é tema de peça na Galeria Olido

<em>Quando Eu Não Esperava por Você</em>  relata episódio da vida de Christine Jorgensen (1926-1989)

Por Bruno Machado
Atualizado em 5 dez 2016, 15h57 - Publicado em 29 Maio 2013, 22h39

No início dos anos 1950, a norte-americana Christine Jorgensen (1926-1989), nascida George William Jorgensen Jr., fez, na Dinamarca, uma cirurgia de remoção do pênis e dos testículos. De volta à terra natal, se submeteu a uma vaginoplastia. Descoberta pela imprensa, Jorgensen se tornou “a primeira mulher transexual norte-americana” (embora houvesse registro de casos anteriores) —  o estopim de uma vida pública, dedicada à luta pelos direitos dos transexuais, mas também marcada pela rejeição e humilhação.

Em 1959 a ativista teve seu casamento com o datilógrafo Howard Knox negado, já que ela era um homem, segundo sua certidão de nascimento. “Apesar de todo o ativismo, o maior desejo dela era ser uma mulher comum”, afirma o dramaturgo George Vilches, autor de Quando Eu Não Esperava por Você, que faz sessões nesta sexta (31) e sábado  (1º), na Galeria Olido. Para Vilches, a vontade de Jorgensen se tornou realidade apenas uma década depois da cirurgia de redesignação sexual quando, durante uma visita ao campus da Universidade de Harvard para uma palestra, ela conheceu um jovem chamado Fred.

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“Meu maior objetivo era contar uma história de amor, que parece condensar toda a luta de Christine. O encontro com Fred é um fato marcante na biografia da ativista, e por isso decidimos que seria o ponto de partida do texto”, explica o dramaturgo, que também interpreta a personagem no drama biográfico.

No processo de pesquisa, Vilches leu artigos e biografias e assistiu a documentários, mas confessa que tudo isso não foi o suficiente para facilitar a caracterização. “Eu sabia que ela não poderia ser pura, maternal, delicada e politizada, tudo ao mesmo tempo, nos 90 minutos de espetáculo. Por fim, resolvi que o registro de Christine é o de uma mulher comum. É o que ela mais queria em vida”, pensa Vilches, que divide a cena com Felipe Scalzaretto. A direção é de Celso Correia Lopes.

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