Museus da capital celebram o Dia da Consciência Negra
MIS, Sesc e Museu Afro oferecem programações especiais para aproveitar o feriado
Os museus da capital celebram o Dia da Consciência Negra (20) com programações especiais e oferecem ótimas opções para quem fica por aqui no feriadão. De exposições e workshops a foodtrucks e shows, os eventos são gratuitos e para todas as idades. Veja abaixo todas as opções e escolha o seu programa favorito:
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Três shows serão apresentados no jardim do museu: a roda de samba Prato Principal, na sexta (20), às 15h; a banda de groove e rock Associação Livre Invisível que convida o cantor de soul Gerson King Combo, no sábado (21), às 17h; e, para o domingo (22) a animação fica por conta do grupo DoBrás, que ao lado de Izzy Gordon toca versões suingadas de clássicos da música brasileira.
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Quem for curtir os shows pode ainda degustar comidas típicas brasileiras, como acarajé, tapioca, cachaças e docinhos. E, para homenagear um dos atores mais importantes do audiovisual brasileiro, tendo participado de centenas de projetos entre filmes, telenovelas, séries e minisséries, o MIS apresenta a Mostra Milton Gonçalves.
O destaque entre as exposições que homenageiam o Dia da Consciência Negra é a mostra Zumbi – A Guerra do Povo Negro, no Sesc Vila Mariana. Com abertura na sexta (20), a mostra tem curadoria do jornalista Audálio Dantas e conta sobre a história do Quilombo de Palmares, fundado por escravos foragidos em 1597. Foi o maior quilombo do período colonial, tendo resistido à escravidão e ameaçando o poder hegemônico da Coroa portuguesa por quase 100 anos. Ele teve como seu último líder, o Zumbi.
A exposição AquiAfrica reúne obras de treze artistas contemporâneos de onze países da África subsaariana – também chamada de África Negra. Com abertura na quinta (19), a mostra faz parte do projeto ART for the World, da curadora suíça Adelina von Fürstenberg. Vídeos, pinturas, esculturas, instalações e fotografias abordam questões-chave para o povo africano, como os problemas de imigração, a xenofobia, o consumo desenfreado, as tradições culturais e os sistemas de poder vigentes em seu continente.
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Entre os artistas participantes, dois vieram para o Brasil produzir suas instalações. Em Estrada para o exílio, o camaronense Barthélémy Toguo construiu um barco de oito metros que flutua sobre um mar de mil garrafas PET. Equilibrando uma torre de sacolas plásticas e trouxas de roupas, a obra faz uma alusão aos barcos de imigrantes que se arriscam no mar em busca de refúgio em outros países.
Em paralelo à exposição do francês Pierre Verger, será lançado o livro Cozinhando História: receitas, histórias e mitos de pratos afro-brasileiros, na sexta (20). Organizado por Josmara Fregonese, Marlene Jesus da Costa e Nancy de Souza, a publicação (49 reais) mostra receitas e histórias relacionadas às origens afro-brasileiras. Nas oficinas de culinária, o público põe a mão na massa e prepara os deliciosos pratos indicados no livro.
Às 11h, os visitantes terão a oportunidade de conhecer narrativas africanas ou afro-brasileiras a na contação de histórias Aos Pés do Baobá.