Museus apostam em lojas com peças sofisticadas assinadas por designers
Museu da Casa Brasileira e MuBE inauguram espaços inspirados no MoMA, de Nova Iorque
Que atire a primeira pedra quem nunca entrou em um museu esperando ansiosamente por aquele momento, no fim do passeio, de se dirigir à lojinha interna e adquirir um suvenir. Pois nos últimos tempos essa tentação se tornou maior. Em vez daqueles manjados espaços, famosos pelas prateleiras recheadas de pôsteres, canecas e cartões-postais estampados com o logotipo do local, algumas instituições da capital têm apostado em estabelecimentos com produtos mais sofisticados e exclusivos. Os pioneiros na tendência foram o Instituto Tomie Ohtake, o Museu de Arte Brasileira da Faap e o Museu de Arte Moderna (MAM), em anos anteriores.
Recentemente, esse time ganhou dois importantes reforços. Inaugurada há um mês, a Amma Store ocupa uma construção anexa ao Museu da Casa Brasileira, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, e reúne produtos assinados por designers brasileiros que utilizam matéria-prima nacional. Por ali, é comum encontrar pás de construção transformadas em luminárias de mesa e pneus resgatados de lixões apresentados como bolsas estilizadas de borracha. “Todas as nossas peças têm história”, diz Gilda Morbin, administradora da loja ao lado dos irmãos Beatriz e Caio.
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Instalada no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), na Avenida Europa, desde janeiro, a Co.mum também vende peças diferenciadas e feitas em pequena escala. “Garimpo o que há de melhor na produção do país”, afirma a designer Marisa Ota, que gerencia o lugar. A inspiração para a criação dos novos negócios vem do exterior. “Estamos nos alinhando ao conceito de lojas de museus como o MoMA, de Nova York”, afirma o presidente do MuBE, Jorge Landmann. O preço dos itens varia bastante nos locais, partindo de 20 reais por um mero chaveiro talhado em madeira e chegando a 2 000 reais por luminárias.