Festas transformam o domingo em dia para badalar em São Paulo
Novos projetos sacodem o marasmo da folga e levam paulistanos a trocar a TV pela pista. Confira onde curtir as últimas horas do final de semana
Engana-se quem pensa que o domingo é dia de ficar de molho, almoçar com a família e se entregar à programação de gosto duvidoso da TV. Os baladeiros paulistanos têm à disposição cada vez mais festas para cair na pista antes de começar a semana. “Antes, as pessoas não saiam de casa porque achavam que não tinham para onde ir. Mas isso acabou e a programação se estendeu”, diz André Rubini, sócio da Royal, que desde agosto abriu o dia para shows de black music. “Tivemos uma boa experiência quando a casa estava no centro chamada Royal Sunday. Acontecia eventualmente e percebíamos como as pessoas procuravam por um programa como este.”
Assim como o clube da Vila Olímpia, que já recebeu Naldo, Buchecha e até o americano Soulja Boy para as suas domingueiras, a casa noturna Disco também decidiu abrir as portas aos domingos. E com um detalhe: em vez do eletrônico que domina a pista nos demais dias, os sócios investiram em samba-rock. As noite são comandadas pelo grupo Melanina Carioca. “Percebemos que nosso público, do Itaim e Vila Olímpia, gostava de ir aos barzinhos à tarde e não tinha aonde ir depois. Testamos o formato e deu certo. A casa chega a ter 600 pessoas”, diz Michel Saad, um dos donos.
Além do estilo musical, muda também o público, normalmente mais velho e sem grandes preocupações com compromissos no dia seguinte. “Diferente da turma de sábado, os domingueiros são mais parecidos com a turma que curte a balada em dias de semana. Estão na faixa dos 25 a 35 anos e são mais tranquilos, preferem conversar e ouvir boa música”, diz.
Na noitada Pathyfarya, que há dois anos reúne o público gay e gay-friendly, o clima é de barzinho, embora o cenário seja o de uma das casas noturnas mais fervidas do circutio, a Bubu Lounge Disco (Pinheiros). “O espaço se adaptou para nos receber. Tem como pedir porções e comidinhas, o que não acontece nos outros dias”, conta Danny Vidinha, coordenadora da festa. Segundo ela, o estilo também é mais descontraído. “As pessoas vão arrumadas, mas sem aquela história de muita maquiagem, salto alto, que a gente vê em um sábado”, conta.
Confira outras festas que estão mudando a cara do domingo na capital: