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Além de Felipão, presidente do time que revelou Diego Costa reclama do jogador

Paulo Sérgio Moura, do Barcelona Esportivo Capela, diz que atleta não cumpriu um acordo; equipe está sem dinheiro e fora das disputas oficiais de São Paulo

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h29 - Publicado em 31 out 2013, 10h45

Não é só o técnico Luiz Felipe Scolari que está revoltado com Diego Costa, de 24 anos, que rejeitou a convocação para defender a seleção brasileira. Atual artilheiro do Campeonato Espanhol com 11 gols, à frente de Messi e Cristiano Ronaldo, o jogador, segundo seu antigo clube aqui no Brasil, não cumpriu integralmente um acordo financeiro.

Diego Costa jogou no Barcelona Esportivo Capela, do bairro Capela do Socorro, na Zona Sul, antes de atuar pelo Pelafiel, time português onde ganhou notoriedade e foi comprado pelo Atlético de Madrid, em uma transação de 1 milhão de euros. Segundo o presidente da equipe brasileira, Paulo Sérgio Moura, nenhuma parte deste dinheiro chegou ao time paulistano onde Costa começou. “Ele sempre foi destaque em campo e tínhamos um acordo desde o início”, afirma Moura. “Colocamos ele em uma vitrine e, se houvesse algo no futuro, o combinado era que o lucro seria dividido.”

De acordo com o presidente, o acordo foi feito com a empresa de gestão de carreiras de profissionais desportivos, Gestifute, liderada pelo agente da Fifa, Jorge Mendes. “Apenas dois anos e meio depois da negociação o clube recebeu 200 000 e fiquei sabendo que o contrato dele com o Atlético foi de mais de 3 milhões de euros. Levei uma volta muito grande”, acusa Moura.

Com a equipe paulistana, ele chegou a disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista, aos 15 anos. Enfrentando alguns problemas, como a falta de um estádio próprio, o clube está fora do Paulistão desde 2011. Inclusive, foi impedido de disputar competições – até nas categorias de base, onde Diego foi o destaque antes de ser emprestado para a equipe do Braga, de Portugal, a custo zero, em 2005.

Conhecido por ter uma personalidade forte, Diego Costa sempre foi usado como exemplo para os demais jovens que jogam no clube paulistano. No entanto, toda a equipe do Barcelona foi dispensada, pois não há campeonatos para disputarem. “Acho que as pessoas fazem o que bate no coração. Não pedi nada para ele, mas se viesse uma ajuda para o clube seria de muito bom grado”, ressalta Moura.

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E o coração do brasileiro parece que cada vez mais bate forte pela Espanha. Afinal, ele preferiu abrir mão da convocação de Felipão para ter a possibilidade de defender a seleção do país europeu na Copa do Mundo de 2014.

Em um vídeo divulgado na última quarta (30) por meio do site oficial do time que defende, Costa disse que “foi uma decisão complicada porque esteve entre o país no qual nasceu e o país que lhe deu tudo”.

O regulamento da Fifa só proíbe que um atleta jogue por uma segunda seleção na carreira se tiver participado de uma competição oficial anteriormente – o que não é o caso de Diego Costa, que atuou apenas em amistosos pelo Brasil.

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