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Daniel Boaventura: ‘”‘Reino Escondido’ me deu confiança para novos trabalhos”

Ator e cantor fala sobre o desafio de dublar o personagem Ronin na animação que acaba de chegar às telas

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 5 dez 2016, 16h00 - Publicado em 16 Maio 2013, 18h11

Daniel Boaventura, 43 anos, é o que todos chamam de um “artista completo”. Ele canta, dança e representa. Contratado pela TV Globo, estrelou novelas como Guerra dos Sexos (2012), Passione (2010) e Senhora do Destino (2004). Participou também de musicais de sucesso: A Família Addams (2012), My Fair Lady (2006) e A Bela e a Fera (2002). Na música, lançou dois álbuns, Songs 4 U (2009) e Italiano (2010), que resultaram na gravação do DVD Ao Vivo (2012). Agora, ele iniciou outro desafio: trabalhar como dublador. 

Em Reino Escondido, de Chris Wedge, que estreia nesta sexta (17), Daniel deu voz ao General Ronin, na versão em português. Em 3D, o filme conta a história de uma adolescente que é magicamente transportada para um universo secreto e precisará da ajuda de diferentes seres para conseguir salvar o mundo de uma força maligna.

O ator conta em entrevista a VEJA.SÃOPAULO.COM que pretende realizar mais trabalhos para a garotada, seja no cinema ou no teatro. “Hoje em dia, há uma similaridade entre as animações e os musicais, que não subestimam mais a inteligência da criança. Tenho vontade de investir nesses programas para a família.”

 

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Durante a conversa, Daniel também falou sobre as dificuldades que enfrentou no novo trabalho e contou como descobriu sua vocação para ser artista. Confira:

Como foi a experiência da dublagem de Reino Escondido? Fiquei muito lisonjeado e honrado com o convite. Eu já havia dublado o stop motion Minhocas, que será lançado no fim do ano, mas este é o primeiro para o cinema. Além de poder trabalhar com uma equipe excelente, dublar o personagem Ronin é um presente para qualquer ator. Ele é um herói, um guerreiro, tem personalidade forte, liderança e ainda é cool (descolado). Há várias nuances dramáticas, mas encarei de forma muito divertida. Eu ouvi o original em inglês e achei bárbaro o trabalho de Colin Farrell, mas quis colocar a minha própria voz e o meu jeito.

Qual o maior desafio deste trabalho? Eu não venho da dublagem. Venho da interpretação. O que eu precisava era aprender a atingir o tom, a parte técnica mesmo. Mas tive a oportunidade de trabalhar com dois profissionais que me ajudaram muito: o Guilherme Bricks, para o trailer, e Manono Rey, no filme. É muito interessante observá-los dublar, pois são como máquinas. Conseguem fazer diferentes vozes a qualquer hora. Com eles, encontrei o jeito mais confortável. Não me apeguei ao movimento labial, mas sim à melodia do texto original. Fiquei muito feliz com o resultado. Minha filha Joana, 10 anos, é mais crítica que eu. Ela assistiu ao filme e gostou!

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Cantar ou atuar? O que vem primeiro hoje em dia? Quando eu era criança, queria ser ator de cinema, astronauta ou cirurgião cardíaco. Aos 9 anos, saí da Bahia e fui morar nos Estados Unidos. Fiquei muito tocado pela música e pelo cinema, o que me influenciou pelo resto da vida. Depois, comecei a cursar administração, relações públicas e publicidade. Um ano antes de me formar publicitário, tive de escolher se concluiria o curso ou viajaria com uma peça. Mas a arte é algo mais forte. Hoje, consigo conciliar tudo, como dublar um filme e ao mesmo tempo ganhar o Globo de Ouro com o meu show. 

Quais são seus novos projetos? Pretende fazer mais dublagens? Agora eu fiquei corajoso. Reino Escondido me deu confiança. Se me chamarem, vou aceitar outros desafios com muito prazer. Agora também estou me dedicando ao filme Odeio o Dia dos Namorados, que faço com Heloisa Pérrisé e Danielle Winits. E faço shows pelo Brasil. No dia 11 de junho, farei um no Credicard Hall. Há ainda um musical que está me sondando, mas não sei se vai rolar.

Tem vontade de investir em alguma montagem para crianças? Tenho. Hoje em dia, há uma similaridade entre as animações e os musicais, que não subestimam mais a inteligência da criança. A idade do público é de 8 a 80 anos mesmo. Em A Familia Addams, por exemplo, você tinha crianças de 5 anos, garotões de 25 e adultos de 40 rindo ao mesmo tempo. Esse é um caminho muito legal. Tenho vontade de investir nesses programas para a família. Ainda somos muito carentes em diversão para um público heterogêneo.

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