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Ruas de São Paulo podem ser usadas como espaço para brincadeiras

Projeto da prefeitura impede a passagem de carros em alguns trechos, permitindo que a meninada se divirta como antigamente

Por Anna Carolina Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 16h10 - Publicado em 5 abr 2013, 18h56

Crianças brincam no meio da rua enquanto adultos – sentados nas calçadas – colocam a conversa em dia e, de vez em quando, vigiam os pequenos. Parece até a descrição de uma via em cidade pequena do interior, mas a cena também pode ser encontrada na capital.

Sempre aos domingos, das 9h às 17h, mais de mil endereços paulistanos têm a circulação de veículos proibida para garantir a segurança da convivência fora da calçada e se transformarem em verdadeiros espaços de diversão. A realidade é fruto do projeto Ruas de Lazer, que existe desde 1976 mas ainda busca expansão – poucos conhecem a iniciativa.

O objetivo é resgatar a função social das avenidas, local em que antes os vizinhos confraternizavam e para onde a garotada podia ir tranquilamente e gastar as energias. “Melhorou a segurança e melhorou o lazer”, garante Márcia Sampaio, 42 anos, moradora da Rua Arcoverde (Zona Leste) que, desde o ano passado, entrou no programa da prefeitura.

Marluce Pereira de Souza, 27 anos, também da Rua Arco Verde, diz que os três filhos e os outros pequenos da região são maioria no fim de semana. “Antes, ninguém brincava fora de casa porque os pais ficavam com medo dos carros”, lembra.

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Todos acabam se envolvendo, afirma Márcia. Os moradores agora se mobilizam para organizar atividades e disputas esportivas para entreter a galerinha. “As favoritas deles são vôlei, futebol, queimada, bicicleta, patins e taco.”

Na opinião de Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do núcleo de Cultura e Pesquisa do Brincar e da Educação Infantil da PUC-SP, brincar na rua é uma grande oportunidade para as crianças explorarem melhor o espaço e o relacionamento com os outros. “Ajuda na socialização face a face, além de haver uma interação com meninos e meninas de diferentes idades”, explica.

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Paulo Tatit, músico do Palavra Cantada, concorda e acrescenta: “Os jogos eletrônicos inibem a criatividade, porque eles já vêm com o modelo pronto. Antes você era estimulado a soltar a imaginação”.

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Se ficou com vontade de tirar um pouco seu filho da frente do tablet e levá-lo para a rua, confira  aqui um infográfico cheio de brincadeiras antigas. Tem adoletá, passa-anel, vivo ou morto e mais. Antes, porém, saiba como seu endereço pode se transformar em uma rua de lazer.  Primeiro é preciso ir até a subprefeitura da região e entregar um abaixo-assinado. O documento deve ter, no mínimo, a aprovação de 70% dos moradores do local. Depois, é necessário entregar um croqui com um mapa detalhado da via e montar um conselho responsável pelo seu fechamento (aos domingos, são colocados cavaletes sinalizando que o trecho está fechado para veículos) e pela coordenação das atividades.

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