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SPFW 2013: o que foi notícia na temporada de verão 2014

Perucas de bombril, corte reto, maquiagem clean e outros destaques da passarela da Bienal

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 16h12 - Publicado em 23 mar 2013, 16h11

Enquanto a primeira frente fria do outono atingia os paulistanos, dentro do prédio da Bienal o clima aumentava com mais uma temporada de verão da São Paulo Fashion Week. Como toda semana da moda que se preze, a edição teve celebridades dentro e fora das passarelas, polêmicas, ausências e novos nomes despontando. Confira um resumo do que rolou durante o maior evento de moda da cidade.

HITS DO VERÃO

Ao que tudo indica, o verão 2014 vai ser clean e de cortes retos. “É como se estivessemos vivendo uma espécie de pós-maximalismo”, afirma Costanza Pascolato. Nas passarelas, foi possível conferir uma estrutura mais simétrica. “Até mesmo o Samuel Cirnansck, que normalmente vem com mais volume, apresentou uma coleção mais seca”, completa. Para ela, chamou atenção a quantidade de túnicas e vestidos com cortes mais leves, retos e curtos. No quesito maquiagem, Fabiana Gomes, maquiadora oficial da M.A.C, a cor da vez é ameixa e vinho, tanto nos olhos quanto na boca.”Continuamos com aquela história de que hoje em dia, mulher não tem tempo de se arrumar. Mas se arruma”, diz. Para ela, existe a presença punk, além das sobrancelhas marcadas e cheias.

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LUZ NA PASSARELA

A semana de moda paulistana não contou com nomes de muito peso. O ator Paul Walker assumiu o papel do Ashton Kutcher da vez, ao lado da angel Izabel Goulart. Quem chamou atenção mesmo foram as duas new faces americanas mais comentadas do momento. Karlie Kloss, a top número 2 do mundo (é dela o corte de cabelo mais pedido nos salões) e Erin Heatherton, angel e ex-namorada de Leonardo di Caprio. Elas desfilaram para a Animale e para a Colcci, respectivamente. “As duas são lindíssimas”, diz Glória Kalil. “E servem como inspiração para as nossas modelos por aqui. As nossas meninas podem parar e pensar ‘nossa, eu sei fazer isso'”, afirma. 

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O BAFO DA VEZ

Ronaldo Lourenço e o “cabelo” de bombril abriram um debate caloroso na internet sobre o racismo e os limites da arte. O estilista mineiro levou à passarela na terça (19) uma coleção inspirada no futebol de várzea. As modelos, em vez de penteados, exibiram perucas feitas de palha de aço, ideia concebida em parceria com o beauty artist Marcos Costa. “Pra você que achou que pintar modelo branca de negra era o auge do racismo olha aí outra ‘homenagem’”, ironizou o rapper Emicida no Twitter. “É uma produção diferente, claro, ousada. Mas acho que o pessoal está pegando pesado ao dizer que é uma ofensa. Hoje qualquer coisa é racismo. Eu sou negro, tenho o maior orgulho da minha pele”, justificou o modelo Romulo Souza, 22.

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Metralhados por uns, defendidos por outros, Fraga e Costa publicaram comunicados no Facebook explicando o conceito da tal peruca.  “O meu desfile é uma crítica ao racismo e ao preconceito que respinga até os dias de hoje”, explicou o estilista. “A ideia para o look do desfile era ressaltar a beleza de cabelos que podem ser moldados como esculturas, não importando o fato de serem crespos”, reforça o cabeleireiro.

Apesar da polêmica, Ronaldo Fraga reprisou o desfile, com as mesmas perucas, para alunos do Centro Educacional Unificado (CEU), do Butantã, na manhã de quinta (21). À frente de uma plateia formada também por professores e pelo prefeito Fernando Haddad, explicou o conceito da coleção. Só depois as modelos tomaram a passarela.

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O TREM DO SOUL

Embalados por uma trilha toda baseada na soul music, os modelos da Cavalera apresentaram a coleção de verão 2014 em ritmo de dança, literalmente. Cinquenta modelos e 35 bailarinos atravessaram a passarela como os dançarinos do lendário programa de TV americano Soul Train. Tony Tornado fez as vezes de Cornelius, apresentador da atração original, comandando a narração do evento. A seleção musical ficou por conta do DJ Elohim Barros, da festa paulistana Talco Bells.

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Camisetas estampadas, calças jeans em versão patchwork, camisas coloridas e leggings foram algumas das grandes apostas. Calças flare, macacões, pantalonas e vestidos leves também foram vistos por lá. Entre os modelos, o destaque foi para Loic Mabanza, dançarino internacional que faz turnê ao lado de Madonna e levou seus passos para o show da grife. A animação do desfile era tamanha que contaminou quem assistia ao show. Ao final, a plateia aplaudia de pé e até arriscava balançar no ritmo.

 

DESFALQUES

A edição extra do ano passado e a mudança de calendário fez com que algumas marcas pulassem esta temporada. Vitorino Campos, Paula Raia, Movimento, André Lima, Reinaldo Lourenço não entraram no line-up. Glória Coelho entrou e, dias antes, anunciou a saída. “Estamos com a coleção comercial de inverno entrando nas lojas. Calculamos, mas não deu tempo”, disse em entrevista à VEJA SÃO PAULO. A Iodice também faltou, no entanto, porque trocou São Paulo pela Fashion Rio, já que estão abrindo uma loja na cidade.

“Sem nomes como a Glória Coelho e Reinaldo Lourenço, que não tem uma grande empresa por trás e são bastante autorais, a impressão que eu tive é de que as coleções estão bem mais comerciais”, diz Camila Coutinho, blogueira do site Garotas Estúpidas, que recentemente foi eleito o quinto mais influente no mundo pela Signature9. Para Glória Kalil, os desfalques não chegam a influenciar um evento com o SPFW. “Ainda temos grandes marcas, como a Ellus, Triton, Colcci e a Osklen. Não acho que tenha prejudicado”, diz.

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