Mostra revisita trinta anos da Bienal de São Paulo
O curador Paulo Venancio Filho selecionou 250 obras em um universo de quase 6 000 opções. Entre os artistas estão Hélio Oiticica, Mira Schendel e Lygia Clark
Trinta anos da Bienal de São Paulo em 250 obras de 111 artistas. Em cartaz até 8 de dezembro, a exposição 30 x bienal é uma retrospectiva da produção artística brasileira desde 1951. Estão ali a abstração geométrica, o concretismo, a arte pop e a Geração 80.
O curador Paulo Venancio Filho escolheu as criações em um universo de 5 870 opções. “Pensei que a mostra teria de inventar um imaginário entre a Bienal e a história do país. Essa seleção poderia facilmente compor um museu de arte brasileira, que ainda não existe”, afirma.
As obras de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Oswaldo Goeldi e outros foram emprestadas de instituições e colecionadores. Nem todas são as originais, entretanto. “Quando não foi possível encontrar exatamente as mesmas criações, procurei similares”, comenta Venancio Filho. “Mas todos os artistas estiveram aqui.”
Sem cronologia delimitada, a montagem propõe que os visitantes fiquem livres para apreciá-la de forma contínua. Apenas o mais antigo e abstrato foi reunido em uma sala climatizada, no último andar.
De Mira Schendel, Ondas Paradas da Probabilidade chama a atenção. Uma chuva de fios de náilon traz a sensação de que se está nas nuvens. Na parede, uma passagem bíblica reforça a impressão (leia o texto abaixo). A série de pinturas Metaesquema, de Hélio Oiticica, e a instalação Trepante, de Lygia Clark tampouco passam desapercebidas.
Do lado de fora está a única obra interativa da exposição. Repressão Outra Vez – Eis o Saldo, de Antonio Manuel, propõe que o frequentador puxe cordas para ter acesso a capas fictícias de jornal. Criada em 1968, é uma reunião de notícias que não foram divulgadas pela imprensa.
Confira na galeria abaixo essas e outras importantes obras, na opinião do curador:
-
1. 30 x bienal
1/9 Foto do centro de São Paulo, por German Lorca (Romulo Fialdini)
Continua após a publicidadeFoto do centro de São Paulo, por German Lorca
-
2. Willys de Castro
2/9 Ascensão (1959), de Willys de Castro (João Musa/Itaú Cultural)
Ascensão (1959), de Willys de Castro
-
3. Helio Oiticica Metaesquema II
Continua após a publicidade3/9 Metaesquema II, de Hélio Oiticica, 1958 (Sergio Guerini)
Metaesquema II, de Hélio Oiticica, 1958
-
4. 30 x Bienal – Helio Oiticica
4/9 Série Metaesquema, de Hélio Oiticica, 1958: guache sobre cartão (Bruna Ribeiro)
Série Metaesquema, de Hélio Oiticica, 1958: guache sobre cartão
Continua após a publicidade -
5. 30 x bienal – Lygia Clark
5/9 Trepante, de Lygia Clark, 1965: aço inoxidável (Bruna Ribeiro)
Trepante, de Lygia Clark, 1965: aço inoxidável
-
6. 30 x bienal – Waltercio Caldas
6/9 A Velocidade, de Waltercio Caldas, 1946: embalagens de cartão (Bruna Ribeiro)
Continua após a publicidadeA Velocidade, de Waltercio Caldas, 1946: embalagens de cartão
-
7. 30 X bienal – bolha
7/9 Bolha Amarela, de Marcello Nitsche, 1967-1968 (Bruna Ribeiro)
Bolha Amarela, de Marcello Nitsche, 1967-1968
-
8. 30 x bienal – Repressão outra vez – eis o saldo, de Antonio Manuel
8/9 Repressão Outra vez – Eis o Saldo, de Antonio Manuel, 1968: obra interativa (Bruna Ribeiro)
Repressão Outra vez – Eis o Saldo, de Antonio Manuel, 1968: obra interativa
-
9. 30 x bienal
9/9 30 x bienal (Coleção Gilberto Chateaubriand – MaM-RJ)
30 x bienal
Veja também fotos históricas dos trinta anos da Bienal:
-
1. 30 x bienal_2a Bienal_1953_Publico na inauguracao_credito_Autor-Desconhecido
1/8 Público se aglomera na inauguração da segunda Bienal, em 1953 (Divulgação)
Público se aglomera na inauguração da segunda Bienal, em 1953
-
2. 30 x bienal
2/8 Cartazes das trinta edições do evento (Bruna Ribeiro)
Cartazes das trinta edições do evento
-
3. 30 x bienal_2a Bienal_1953_Publico visita sala Picasso_credito_Autor-Desconhecido
3/8 Visitantes passam pela sala Picasso, também em 1953 (Divulgação)
Visitantes passam pela sala Picasso, também em 1953
-
4. 30 x bienal_3a Bienal_1955_Sala Maria Martins_credito_Autor-Desconhecido
4/8 Sala dedicada a Maria Martins na terceira Bienal, em 1955 (Divulgação)
Sala dedicada a Maria Martins na terceira Bienal, em 1955
-
5. 30 x bienal_6a Bienal_1961_Inauguracao com Joao Goulart e Tancredo Neves_credito_Autor-Desconhecido
5/8 Sexta Bienal, em 1961: inauguração com a presença de João Goulart e Tancredo Neves (Divulgação)
Sexta Bienal, em 1961: inauguração com a presença de João Goulart e Tancredo Neves
-
6. 30 x bienal_7a Bienal_1963_Obras Yolanda Mohalyi e Felicia Leirner_credito_Autor-Desconhecido
6/8 Obras de Yolanda Mohalyi e Felicia Leirner são expostas na sétima Bienal, em 1963 (Divulgação)
Obras de Yolanda Mohalyi e Felicia Leirner são expostas na sétima Bienal, em 1963
-
7. 30 x bienal_10a Bienal_1969_Externa Pavilhão Ciccillo Matarazzo_credito_Autor-Desconhecid
7/8 Visão externa do pavilhão Ciccillo Matarazzo na décima Bienal, em 1969 (Divulgação)
Visão externa do pavilhão Ciccillo Matarazzo na décima Bienal, em 1969
-
8. 30 x bienal_18a Bienal_1985_Corredor da Grande Tela_credito_Autor-Desconhecido
8/8 Frequentadores observam o Corredor da Grande Tela, em 1985, na décima oitava Bienal (Divulgação)
Frequentadores observam o Corredor da Grande Tela, em 1985, na décima oitava Bienal
Parque Ibirapuera terá exposição imersiva da saga ‘Harry Potter’ em agosto
Museu do Ipiranga tem mostra gratuita de vídeos e distribuição de brinde
Belo e Gracyanne se separam após mais de 15 anos de relacionamento
Dia Mundial da Criatividade tem atividades gratuitas espalhadas por SP
Alexandre Birman cria coleção de sapatos inspirados em Lina Bo Bardi
