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Destinos como Havaí, Malta e Singapura firmam-se como opções para estudar no exterior

Cursos despontam ao oferecer ensino do inglês com sessões de surfe, esportes radicais e aulas de economia

Por Adriana Farias
Atualizado em 1 jun 2017, 16h48 - Publicado em 13 jun 2015, 00h00

Cerca de 60 000 paulistanos deixam o país todo ano com o objetivo de aprender inglês no exterior. Tradicionais no ramo e sede de alguns dos principais cursos para estrangeiros, países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra recebem a maior parte desse contingente. Recentemente, no entanto, outros destinos passaram a ganhar espaço nas agências de intercâmbio. Sobretudo aqueles que oferecem atividades paralelas ao ensino do idioma, como sessões de esportes radicais e aulas de economia. É o caso do estado americano do Havaí, da ilha europeia de Malta, da cidade-estado asiática Singapura e da Nova Zelândia, na Oceania.

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“Os brasileiros têm o perfil de procurar opções diferentes no mercado”, diz Carlos Robles, presidente da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), a principal entidade de classe do setor. “Aliado a isso, há algumas regiões com preços bem competitivos”, completa. Um pacote de um mês nesses locais, com hospedagem incluída, sai por cerca de 8 000 reais (confira os valores nas fotos). O mesmo período nos Estados Unidos pode custar 40% mais.

Localizado no meio do Oceano Pacífico, o Havaí é célebre pelo visual paradisíaco e atrai estudantes interessados em praticar surfe. Suas principais escolas de inglês realizam passeios a Waikiki, que concentra lojas de grife e restaurantes de ponta e tem uma vista exuberante do topo de um vulcão extinto. Para quem procura algo mais emocionante, a dica são as famosas praias do North Shore, como Sunset e Pipeline, com trilhas que levam os visitantes a cachoeiras e cenários da série de TV Lost. “O Havaí é direcionado a quem quer viver uma experiência americana, mas com menos Mc Donald’s”, diz Fernanda Zocchio Semeoni, diretora de produto e operações da agência Experimento.

Frequentadora da Praia de Maresias, em São Sebastião, no Litoral Norte paulista, a estudante Letícia Diaz, de 17 anos, não teve dúvidas ao escolher o arquipélago. “Eu queria um lugar único, que não tivesse sido visitado por nenhum dos meus amigos”, afirma. Em 2014, ela passou quatro semanas na capital, Honolulu, com mais de 400 000 habitantes, pegando ondas nas praias em aulas curriculares do próprio curso. Ela garante que o tempo gasto no mar contribuiu para reforçar o vocabulário. “Meu inglês melhorou bastante com a atividade extra”, diz. O fato de a instituição de ensino ficar localizada dentro do câmpus da Hawaii Pacific University também contribuiu para a interação com a cultura local. “Tive muito contato com os nativos, fiz vários amigos e conheci seus hábitos.”

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Situada no Mar Mediterrâneo, ao sul da Sicília, na Itália, e ao norte da África, a Ilha de Malta esteve sob o controle de fenícios, romanos, gregos e árabes ao longo de seus mais de 7 000 anos de história. Na década de 60, deixou de ser colônia do Reino Unido. O local reúne belos cenários naturais e ruínas de todas essas civilizações, sendo procurado por interessados em história e arquitetura. Sua capital é Valletta, centro comercial e turístico, mas as principais instituições de ensino para intercambistas estão localizadas em St. Julians e Sliema, com 10 000 e 17 000 habitantes, respectivamente. Foi lá que o estudante Bruno Nunes Filho, de 17 anos, e a analista financeira Camilla Krause Barbosa, de 23 anos, realizaram cursos de um mês entre 2014 e 2015. “Fiquei hospedada em uma casa que abrigou uma suntuosa igreja”, relembra Camilla. “Tive aulas de campo no mesmo local onde foram gravadas cenas do filme Gladiador”, conta Nunes. Com inglês britânico, Malta é uma opção bem mais barata do que estudar na própria Inglaterra. “É possível economizar até 40% em relação a um período semelhante em Londres”, afirma Luiza Vianna, gerente de produtos da agência CI.

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Outro lugar em ascensão é Singapura, cidade-estado ao sul da Península da Malásia, no Sudeste Asiático, com 5,4 milhões de habitantes. Um dos locais com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, o país tem vias seguras, limpas e organizadas, um sistema de transporte eficaz, shoppings modernos e prédios luxuosos. Profissionais iniciantes das áreas de tecnologia e do mercado financeiro estão entre os que optam por um intercâmbio ali. Nos pacotes das escolas há opções de aulas focadas no vocabulário técnico dos dois setores. “É como um ‘Vale do Silício’ da Ásia”, compara Luciano Timm, diretor de relações institucionais e acadêmicas da Education First (EF). Também é possível aprender a língua durante excursões pela Chinatown local e na Clarke Quay, que concentra os melhores restaurantes e a vida noturna. “Foi um tremendo choque cultural”, conta a secretária executiva Vanessa Nedochetko, de 34 anos, que frequentou um curso no início deste ano, após ter passado por intercâmbios nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. “Conheci a visão oriental do mundo e aprimorei meu inglês internacional”, diz.

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Na linha de quem gosta de esportes radicais, a opção é a Nova Zelândia, na cidade de Auckland, que possui mais de 1,4 milhão de habitantes. O país conta com cenários deslumbrantes em diversos tipos de relevo, entre praia e montanha, posicionando-se como um dos principais destinos mundiais para a prática de diversas modalidades, como mergulho, montanhismo e esqui. Outro atrativo é saltar de bungee jump do alto de sua maior torre, a Sky Tower.

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A capital do país, Wellington, também oferece condições para práticas esportivas. A analista de recursos humanos Janaína Kovacs, de 27 anos, aprimorou a gramática em sala de aula e a conversação com amigos árabes, japoneses e alemães durante voos de parapente. “O esforço para me comunicar em situações inusitadas foi o que me fez melhorar no idioma”, conta. Além da prática de esportes, as escolas costumam disponibilizar aulas em passeios de vela e caiaque. A região de Princes Wharf reúne cafés e restaurantes à beira-mar e dali partem balsas para conhecer de ilhas vulcânicas a vinícolas. Desde o ano passado, o país permite que estudantes trabalhem por até vinte horas semanais, com a condição de que estejam matriculados em cursos de no mínimo catorze semanas. “O dólar neozelandês também caiu em relação ao americano, então está mais atrativo para o estudante brasileiro”, diz Christina Bicalho, diretora de marketing da agência STB.

DE MALA E CADERNO

A procura pelas aulasde idiomas fora do país

60 000 paulistanos matriculam-seem intercâmbios a cada ano

64% fazem cursos de até três meses

453% é o crescimento no número de viagens nos últimos dez anos

300 dólares são gastos por semana pelos estudantes, em média

Fonte: Brazilian Educational &Language Travel Association (Belta)

› CI. ☎ 2110-7474, www.ci.com.br

› EF. ☎ 2122-9000, www.ef.com.br

› Experimento. ☎ 3707-7122,www.experimento.org.br

› STB. ☎ 3038-1551, www.stb.com.br

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