Caro Amigo Chopp Bar recria o clima boêmio da década de 50
Ecos desse período na ambientação da casa, que inclui um painel com uma recriação do Largo São Bento
Embora seja grande na cidade o número de endereços com a atmosfera semelhante à dos antigos botequins cariocas, a fórmula do boteco chique segue firme. Prova disso é o Caro Amigo Chopp Bar, inaugurado há três semanas na Vila Clementino, em um trecho rodeado por clínicas médicas, perto do Teatro João Caetano.
Depois de prestar serviços de segurança por dezoito anos para a Cia.Tradicional de Comércio — grupo proprietário de bares como o Astor, na Vila Madalena, e o Pirajá, em Pinheiros —, Sérgio de Souza decidiu lançar-se como empresário e decalcar o modelo das casas onde trabalhou. Ecos dos anos 50 aparecem nos azulejos e pastilhas das paredes, nos lustres de estilo retrô e no painel assinado pelo artista plástico Eduardo Kobra, uma recriação do Largo São Bento.
Aberto a partir da hora do almoço, atrai nesse horário trabalhadores da região, que buscam as sugestões de pratos e sanduíches. No fim da tarde, ganha ares de happy hour, quando turmas bem-arrumadas de trintões ocupam as mesas de madeira e as banquetas à beira do amplo balcão. Além do chope Brahma (R$ 5,80 o claro e R$ 6,90 o black), tirado com correção, circulam por lá drinques como a adocicada caipirinha de frutas verdes (R$ 15,50 com cachaça).
Apesar do esforço para fugir do lugar-comum, a cozinha ainda precisa de ajustes. No dia da visita, 22 de janeiro, o croquete de carne moída com jiló (R$ 23,00) estava insosso. Prefira as carnes servidas na grelha. Receita do proprietário, a polpetinha (R$33,00) traz seis saborosos bolinhos de superfície crocante e interior rosado. Eles chegam ao lado de legumes grelhados, molho chimichurri e farofas de coco e de maracujá.
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