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Vitor Ramil retorna ao Teatro do Sesc Pompeia com o disco “délibáb”

Trabalho realça mais uma vez as semelhanças entre o mundo gaúcho e a vizinhança do Rio da Prata

Por Pedro Ivo Dubra
Atualizado em 5 dez 2016, 18h18 - Publicado em 4 fev 2011, 23h45

Algumas vezes, o Rio Grande do Sul parece um universo à parte, em conexão mais intensa com a Argentina e o Uruguai do que com o resto do Brasil. O cantor, compositor e escritor Vitor Ramil chegou a cunhar a expressão “estética do frio” na tentativa de definir essa proximidade. No ano passado, o músico de Pelotas lançou um grande disco, “délibáb”, no qual realçou mais uma vez as semelhanças entre o mundo gaúcho e a vizinhança do Rio da Prata. Os paulistanos puderam conferir a execução do repertório do CD no Teatro do Sesc Pompeia em abril de 2010. Na quinta (10) e na sexta (11), há mais duas chances no mesmo espaço.

“Délibáb” (termo húngaro para designar miragem) traz doze poemas musicados como milonga — gênero aparentado do tango — por Ramil. Seis pertencem ao livro “Para las Seis Cuerdas”, do portenho Jorge Luis Borges (1899-1986), e a outra metade foi escrita pelo gaúcho João da Cunha Vargas (1900-1980), infinitamente menos conhecido. “Borges era um homem erudito e urbano; Cunha Vargas, um declamador do campo, uma pessoa simples”, diz o músico. Das criações do primeiro, há “Milonga de los Morenos” e “Un Cuchillo en el Norte”. “Chimarrão” e “Tapera” são de seu conterrâneo. Ramil se junta no palco ao violonista argentino Carlos Moscardini. Além da interação perfeita dos seus violões, os dois, no último espetáculo, faziam constantes piadas e explicavam o contexto dos temas interpretados. “Como as músicas são sérias, se não falamos no show fica um clima de missa”, brinca.

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