São Paulo nunca foi uma cidade cinza para o designer italiano Vincenzo Scarpellini. Ele enchia de cores seus desenhos da Galeria do Rock, da Catedral da Sé e de outros tantos cantos favoritos da metrópole onde viveu por treze anos. Morto devido a um câncer em 2006, aos 41 anos, ele deixou quase pronto o recém-lançado livro San Paolo, Desenhos e Prosa da Cidade, com 178 páginas de pinturas em pastel sobre papel e pequenas crônicas urbanas. Ex-morador do Edifício Copan, Scarpellini amava o centro. “Costumávamos caminhar pela região até de madrugada”, diz a jornalista Claudia Marques de Abreu, sua companheira nos últimos nove anos de vida e coordenadora da obra.