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Vanessa Alcântara é condenada a quase quatro anos de prisão

Denunciante da máfia do ISS, a modelo e publicitária fez amizade com Suzane Richthofen e coleciona conflitos com carcereiras e colegas de cela

Por Adriana Farias
Atualizado em 1 jun 2017, 16h05 - Publicado em 8 jul 2016, 22h14

A Justiça condenou nesta quinta (7), a publicitária e modelo Vanessa Alcântara, 30 anos, a três anos e sete meses de prisão em regime semiaberto pelas agressões contra uma delegada e uma escrivã, injúria e desacato, além de outros dois meses de pretação de serviços a comunidade por porte de drogas. Ela ficou conhecida após  denunciar o então auditor fiscal Luis Alexandre Magalhães, da máfia do imposto sobre serviços (ISS), que lesou em 500 milhões de reais os cofres públicos em 2013.

+ Vanessa Alcântara, uma das detentas mais problemáticas do estado

Vanessa está presa há quase três meses após um episódio ocorrido na Delegacia de Defesa da Mulher de Valinhos. A modelo compareceu ao local no dia 7 de abril para registrar boletins de ocorrência por briga com vizinhos. Durante a meia hora em que permaneceu ali, causou uma tremenda confusão. De acordo com o registro policial, rasgou um inquérito e agrediu uma escrivã e uma delegada. Ela também estava com uma pequena quantidade de maconha na bolsa. Com isso, foi levada para a Penitenciária Feminina de Campinas. “Fiquei mesmo nervosa, mas não bati em ninguém, a droga não era minha e estou sendo injustiçada”, disse Vanessa à VEJA SÃO PAULO em entrevista concedida em junho.

Vanessa Alcântara
Vanessa Alcântara ()

A defesa da modelo, o advogado Evandro Campos, disse que recorrerá da decisão. “Vou entrar com habeas corpus porque a juíza negou até o direito dela recorrer em liberdade”, disse. “A sentença não tem fundamentação”, criticou.

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+ Justiça absolve Suzane Richthofen por endereço incorreto dado em saída temporária

Nos três meses de reclusão, Vanessa ficou conhecida como uma das presas mais problemáticas do estado. Ela passou 30 dias na penitenciária de Tremembé, a 150 quilômetros de São Paulo, local conhecido por abrigar presas como Suzane von Richthofen, que participou do assassinato dos próprios pais, e Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni.

Vanessa foi expulsa de lá devido a discussões com funcionárias por causa da manutenção de uma cela. “Eles queriam soldar as grades comigo lá dentro e encheu de fumaça”, conta Vanessa. “Fui arrogante, mas estava no meu direito.” Advertida por impedir o trabalho, passou doze dias no chamado “castigo”, sem direito a banho de sol. As outras presas comemoraram.

LUIS ALEXANDRE CARDOSO ALCANTARA
LUIS ALEXANDRE CARDOSO ALCANTARA ()
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Segundo carcereiras, ela costumava xingar colegas de “porca” e “suja”. Ganhou antipatia por bradar aos quatro ventos a condição de “modelo famosa” (foi musa da Acadêmicos do Tucuruvi no último Carnaval) e fazer reivindicações, como comida vegetariana. Transferida para Mogi Guaçu, Vanessa continua insatisfeita com o tratamento.

+ Suzane von Richthofen foi pedida em casamento pelo novo namorado

Com as “celebridades” de Tremembé, teve uma relação melhor. Ela conta ter feito amizade com Suzane von Richthofen (a quem chama de “Su”). Emprestou a ela os livros Aleph, de Paulo Coelho, e O Monge e o Executivo, de James C.Hunter, e ainda ofereceu conselhos para a nova amiga lidar com a “perseguição” da imprensa. Esse tipo de convivência aliviava um pouco o cotidiano “aterrorizante” do xadrez. “Durmo com uma espuma no chão e passo frio, além de não ter água quente”, queixou-se durante entrevista dada em junho.

“É um absurdo eu estar presa enquanto os caras que roubaram meio bilhão da prefeitura continuam soltos”, indignou-se.

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