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Valets são autorizados a estacionar carros em terrenos baldios e postos

Objetivo da prefeitura é coibir abusos como parar o veículo do cliente na rua

Por Filipe Vilicic
Atualizado em 5 dez 2016, 19h31 - Publicado em 18 set 2009, 20h27

Desde o último dia 9, a vida dos donos de valets ficou mais fácil. Estacionamentos alternativos em prédios comerciais, postos de gasolina e terrenos baldios foram liberados pela prefeitura. Antes, os carros de clientes deviam ser deixados apenas em locais próprios para esse fim. Um dos objetivos da medida é fazer com que os manobristas parem de largar os automóveis nas ruas. Apesar de ilegal, essa prática ocorre com certa frequência. Numa quinta-feira do mês passado, por exemplo, a arquiteta Katiene Ongarato deixou as chaves de seu Ford Ka vermelho no valet do bar Pero Vaz, na Vila Madalena. O serviço é terceirizado pela empresa Imperio’s Park, que garante levar os carros a um posto na Rua Fradique Coutinho. Mas, em vez de ir até o local combinado, o manobrista parou o veículo na via pública, a menos de cinco minutos a pé do bar. “Acho um absurdo sair para relaxar e ser enganada dessa forma”, reclama Katiene.

Responsável pelo serviço de valet do bar Posto 6, na Rua Aspicuelta, também na Vila Madalena, a Porto Valet adota expediente parecido. Embora possua pelo menos um estacionamento, deixa parte dos automóveis que recebe na Praça Professor Resende Puech. O hábito não é exclusivo dos valets. Em fevereiro, enquanto passeava com seus três cachorros pela Rua Chabad, no Jardim Paulista, a tradutora Christina Rostworowski viu seu carro modelo Fox parado na via, em frente à garagem de um prédio. “Fiquei espantada, porque ele deveria estar no estacionamento do qual eu era mensalista”, conta. Christina se queixou do ocorrido com o manobrista do Italbras Estacionamento e Serviços. “Ele alegou que era instruído a deixar os automóveis na rua para liberar vagas.” O dono da empresa, que se identificou como Sandro, afirma que os veículos só são retirados no momento das manobras. “Ficam na rua por poucos minutos, o suficiente para estacionarmos outros automóveis na parte interna.”

Parar em via pública não é o único dos deslizes desses estabelecimentos. Localizado no número 1799 da Rua Oscar Freire, o Val-Cel costuma ultrapassar sua capacidade de oitenta vagas. Durante a manhã, horário de pico, os manobristas são flagrados utilizando a rampa de entrada como estacionamento. “Alguns estacionamentos cometem irregularidades para suprir a alta demanda por vagas”, reconhece Sergio Morad, presidente do Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo. O excesso de veículos aumenta o risco de colisões. Quem for lesado pode recorrer ao Procon. “Aplicamos multas que chegam a mais de 3 milhões de reais, dependendo da condição financeira do proprietário”, diz o diretor de fiscalização do órgão, Paulo Arthur Góes.

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