“Não dá para viver com medo”, diz jornalista assaltada ao vivo
Equipe de reportagem da TV Tribuna, afiliada à Rede Globo, foi roubada durante a transmissão no Guarujá
Antes de sofrer um assalto ao vivo, na tarde desta terça-feira (28), no Guarujá, a jornalista Tatyana Jorge nunca havia sido roubada. “Não imaginava que fosse passar por uma situação como essa”, afirmou logo após a ocorrência, ainda durante o Jornal da Tribuna 1ª Edição.
Sua única experiência de violência tinha ocorrido na Nigéria, em 2013. Ela acompanhava a tentativa de resgate de uma “criança bruxa”, como são chamados meninos e meninas taxados por líderes religiosos como amaldiçoados (e, por isso, submetidos à tortura), quando foi expulsa do vilarejo sob a ameaça de facões.
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A equipe da TV Tribuna, emissora filiada à Rede Globo na Baixada Santista, foi assaltada durante uma reportagem no estacionamento do Paço Municipal de Guarujá, no Litoral Paulista. A repórter entrevistava o diretor de Vigilância em Saúde, Marco Antônio Chagas, sobre a situação da dengue no município. “Tudo aconteceu muito rápido”, relata Tatyana a VEJA SÃO PAULO.
Um homem armado abordou o grupo de sete pessoas por volta de 12h e fugiu de bicicleta com dois celulares, uma pulseira de ouro e um relógio. Ninguém se machucou. A polícia identificou Luan do Nascimento da Silva, de 21 anos, como o autor do roubo, segundo nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública.
De acordo com Tatyana, o público acompanhou em tempo real cenas de violência que acometem milhares de pessoas todos os dias. “Precisamos aproveitar o caso para repensar a questão da segurança”, diz. “Não dá para viver com medo.”
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