Tesoureiro do PT é preso pela Polícia Federal
João Vaccari Neto foi detido na manhã desta quarta (15), em São Paulo, durante a nova fase da Operação Lava-Jato
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso pela Polícia Federal nesta quarta (15). A detenção faz parte da 12ª fase da Operação Lava-Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Ele foi detido em sua casa em São Paulo e será levado ainda hoje para Curitiba.
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Vaccari é foco de sete frentes de investigação pela força-tarefa da Operação Lava-Jato. As apurações envolvem o recebimento de propina em obras de refinarias e unidades petroquímicas, em contratos do setor naval para o pré-sal, em negócios com recursos do fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras (Petros) e por enriquecimento ilícito.
A cunhada dele, Marice Correa de Lima, também foi presa. Ela é suspeita de ter recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef. A Polícia Federal ainda cumpriu o mandado de condução coercitiva de Giselda Rousie de Lima, esposa de Vaccari Neto, em casa. Geralmente nesse tipo de mandado, a pessoa é levada a uma Superintendência da PF para prestar depoimento.
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Políticos
Parlamentares da bancada do PT na Câmara dos Deputados foram surpreendidos com a prisão preventiva do tesoureiro do partido. Líderes da bancada avaliam que há uma “espetacularização” da ações do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação em Curitiba, mas que ainda assim o sentimento geral é o de que Vaccari Neto deve deixar sua função.
Na quinta (16), a executiva nacional do PT se reunirá em São Paulo. A prisão do tesoureiro deverá ser um dos temas principais do encontro.
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Na Câmara, os líderes avaliam que aumentará a pressão para a saída de Vaccari Neto da Secretaria de Finanças da sigla. “A prisão muda qualitativamente a situação dele. É um cenário novo que levará o diretório a tomar uma decisão”, disse o vice-líder da bancada do PT na casa, Afonso Florence (Estadão Conteúdo).