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Templo de Salomão abre para visitação do público

Durante culto, bispo pediu contribuição extra para consertar portão atingido por ônibus na última terça-feira (19). Reparo, segundo religioso, custará 150 mil reais

Por Nataly Costa
Atualizado em 5 dez 2016, 14h10 - Publicado em 22 ago 2014, 20h49

O Templo de Salomão, nova sede faraônica da Igreja Universal no Brás (Centro), foi aberto nesta sexta-feira (22) para o público geral, que pôde entrar com seus telefones celulares e que foi surpreendido com o pedido de ajuda para consertar o portão de entrada do centro religioso, atingido por um ônibus na última terça-fera (19).

VÍDEO: Detalhes exclusivos do Templo de Salomão

Antes mesmo de sua abertura oficial, no dia 31 de julho, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) compareceram ao evento, caravanas organizadas pela própria Universal foram levadas para conhecer o local. Mas, a partir de hoje, qualquer pessoas pode ir. Basta ir a uma Igreja Universal e pegar a pulseira para dia e horário pretendidos. 

Ao chegar ao templo, o visitante passar por um detector de metais. Não há revista e, ao contrário do que havia sido informado, é possível entrar portando celular ou equipamentos eletrônicos. Nas quase duas horas do culto,  a reportagem de VEJA SÃOPAULO não notou nenhum flash. Oficialmente, a igreja reitera que a entrada com qualquer aparelho eletrônico é proibida. 

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Após passar por essa triagem, o fiel é recepcionado por mulheres de vestido longo na cor branca, amarrado por uma faixa dourada na cintura. Parecem estátuas vivas: apenas sorriem, imóveis, e fazem um gesto com a mão direita como se segurassem uma bandeja. 

Uma voz de aeroporto ecoa de tempos em tempos pelo salão: “Por favor, evite transitar pelo santuário. Permaneça sentado e em espírito de oração”. Quem chega cedo – eles pedem no mínimo 45 minutos de antecedência – também fica um bom tempo mirando dois telões, um de cada lado, com paisagens de praias cristalinas e árvores solitárias intercaladas com mensagens da Bíblia. “Eu amo os que me amam. E os que me procuram, me acham”, diz uma delas. 

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Quando todos se acomodam, as cortinas são abertas e uma música é cantada. A “reunião” começa pontualmente às 10h e, cinco minutos depois, o dízimo já estava sendo recolhido. “Antes de expressar nossa fé, vamos demonstrar nosso amor por Jesus”, afirmou o bispo.

As quantias doadas em dinheiro são colocadas em um envelope, mas também é possível usar o cartão de crédito ou de débito. O ritual prossegue com as luzes apagadas. Aos gritos e urros, fiéis experimentam algum tipo de cura – geralmente física, como dor nos joelhos e caroços, que somem instantaneamente. Todos fazem fila para dar seu testemunho para o bispo. Como o tempo é curto, só alguns conseguem. 

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Acidente do diabo

O ponto alto da reunião da manhã desta sexta (22) foi quando, quarenta minutos depois de recolher o dízimo, o bispo pediu mais uma contribuição aos fiéis. Dessa vez, o dinheiro tinha destinação específica. O telão mostrava a foto do acidente com um ônibus que se chocou contra as grades do Templo de Salomão na madrugada de terça-feira (19). “Quando vocês olham essa imagem, vocês veem Deus ou o diabo?”, questiona o bispo. “O diabo”, devolve a plateia. “E era ele”, sentencia o religioso. 

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“Sabem quanto vai custar o conserto disso para a gente? Cento e cinquenta mil reais”, diz, pausadamente. “Mas, se todos ajudarem, com a graça de Deus vamos conseguir superar isso. Quem puder, dá mil. Quem não puder, dá quinhentos, dá cem. Só peço que, para conseguirmos resolver isso rápido, cada um dê pelo menos vinte reais.” Na sequência, os evelopes voltam a ser preenchidos com dinheiro e são depositados nas sacolinhas vermelhas dos levitas, os ajudantes que recolhem as doações dos fiéis. “Com esse dinheiro, vamos humilhar o satanás.” 

Procurada, a Igreja Universal afirmou que o valor está correto. “Relembramos que a construção do Templo de Salomão foi totalmente financiada pelas contribuições de membros e simpatizantes da Universal, e que contribuições também o manterão, como já ocorre com os demais templos da Universal e exatamente do mesmo modo como procedem todas as religiões, no Brasil e no mundo”. 

Marca na testa

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Antes do fim da cerimônia, o bispo distribui pulseirinhas que liberam o acesso ao templo nas próximas semanas e reforça que, no dia 5 de setembro, primeiro culto do mês, os dizimistas receberão tratamento especial. “Muitas pessoas sabem receber, mas não sabem doar. No dia 5, quem contribuir vai ganhar uma marca na testa para provar a fidelidade a Deus.” 

 

 

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