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Sem contrato com gravadora, banda O Teatro Mágico vende 50 000 discos

Nova coqueluche do público jovem é independente e mistura música com números circenses

Por Helena Galante
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

Poesia, circo, teatro, canções e muito discurso-cabeça. O clima lembra o de um sarau. Nova coqueluche do público jovem, a banda O Teatro Mágico chama atenção pela mistura de música com números de acrobacia em tecido, monociclo, malabarismo, perna de pau, trapézio e dança. É uma espécie de cruzamento de Legião Urbana com Parlapatões. O grupo, que tem em média treze artistas a cada apresentação, iniciou a carreira em espaços pouco conhecidos da cidade de Osasco. Três anos e meio depois, o sucesso atingiu números impressionantes, principalmente para artistas que não contam com o apoio de nenhuma gravadora. Durante a Virada Cultural, em maio, a trupe reuniu 40000 pessoas e seu único CD vendeu 50000 cópias (o equivalente a um disco de ouro da indústria fonográfica). A apresentação marcada para o próximo fim de semana (de 20 a 22) no Auditório Ibirapuera está com ingressos esgotados.

“O Teatro Mágico supre a carência, dentro da MPB, de grupos comprometidos a cantar de maneira poética e a englobar diversas formas de expressão artística”, teoriza o estudante universitário Rafael Henrique Biscaro, presidente do Carejangrejos, um projeto social realizado por fãs da banda. Para interagir, há quem vá às apresentações maquiado de palhaço, como os ídolos. “Nosso trabalho não é um show, mas uma desculpa esfarrapada para reunir pessoas dispostas a compartilhar idéias e sensações”, afirma o vocalista Fernando Anitelli, líder e idealizador do grupo.

Segundo um produtor que recentemente contratou O Teatro Mágico, o cachê da banda chega a 40000 reais. Pouco menos do que cobram os conhecidos roqueiros do Charlie Brown Jr., por exemplo. Parte da crítica torce o nariz para as letras cheias de jogos de palavras de Anitelli. “A poesia é pobre e o discurso político, rasteiro”, diz Jardel Sebba, editor de música de Playboy. “Tudo isso, somado a uma pretensão descabida.” Anitelli faz o tipo nem te ligo. “Vou manter o trabalho do jeito que acredito”, avisa o vocalista. Se os números continuarem como estão, ele não tem motivos para pensar diferente.

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