‘Rolezinhos’ são suspensos após estupros no Ibirapuera
Decisão saiu em encontro de representantes da prefeitura e organizadores de eventos
Após o estupro de duas jovens no Parque do Ibirapuera, os próximos rolezinhos marcados para ocorrer no local, via redes sociais, estão suspensos. A medida foi tomada em uma reunião na quinta (21) com representantes da prefeitura de São Paulo, da São Paulo Turismo (SPTuris) e da organização desses encontros. Além da suspensão, ficou definido que uma nova reunião será feita no dia 27 para estruturar um evento oficial no parque em fevereiro.
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O prefeito Fernando Haddad (PT) ainda anunciou, na quinta, que dobrará o efetivo de guardas-civis nos fins de semana no parque. Mesmo com o reforço, ele destacou que a GCM tem “limites de atuação”. “A Guarda Civil faz a segurança patrimonial. Quando acontece um evento [rolezinho] em que estavam previstas 2 000 pessoas e vão 12 000, a Guarda estava com contingente para [monitorar] 2 000”, disse.
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Ele ressaltou que chamou os organizadores do evento “à responsabilidade” e pediu que seja feita comunicação prévia dessas ações à prefeitura. “Não é só com o número de guardas que você vai resolver o problema. Jamais será suficiente (o reforço na segurança) se não houver uma organização prévia.”
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No dia do crime, havia 59 GCMs no Ibirapuera e foram relatados dez roubos. Um dos estupros aconteceu na área conhecida como “bananal”, que tem muita vegetação e não dispõe de câmeras de segurança. Na hora do crime, havia pouca iluminação no local. No mesmo dia, outra jovem, de 16 anos, também registrou uma ocorrência de estupro no parque. A Polícia Civil divulgou na quarta (20) um retrato falado do suspeito, descrito como “branco de pele morena”, morador de Parelheiros, cujo apelido seria “Japa”.