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Em escuta, Roger Abdelmassih diz ter feito sexo com pacientes

Gravações de conversas do ex-médico com psiquiatra foram feitas pelo Ministério Público durante a época em que ele estava foragido

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h58 - Publicado em 12 out 2014, 11h32

Em escutas telefônicas feitas pelo Ministério Público com autorização da Justiça, o ex-médico Roger Abdelmassih afirma pela primeira vez ter feito sexo com várias de suas pacientes. Ele nega, no entanto, o estupro, mas insinua que era seduzido pelas mulheres. “A mulher jogava o milho, e eu ia comer, aí eu levei o ferro. Você sabe que mulher é um bicho desgraçado mesmo”, disse em um dos trechos. As informações foram divulgadas na revista VEJA deste fim de semana.

+ A vida de luxo que Abdelmassih e família levaram enquanto estavam foragidos

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As gravações são de conversas entre Abdelmassih e seu psiquiatra, registradas quando ele ainda estava foragido. Em agosto, após uma operação na fazenda da família do médico no interior de São Paulo, a Polícia Civil encontrou alguns números de telefones. Quando um dos agentes do Ministério Público salvou o número em seu celular, por meio do aplicativo de mensagens Whatsapp, apareceu a foto de Larissa Sacco, atual mulher de Abdelmassih e companheira de fuga. A partir daí, a Promotoria grampeou os telefones.

Pelo tom das declarações, Abdelmassih se mostra indignado com as acusações e diz ainda que se considerava o “comedor”. “Deus quis quebrar o prepotente, o grande metido a isso, a aquilo, o comedor. Passava a mulher para trás constantemente, mas, é, o grande comedor, e que provavelmente achava que ‘tava’ tudo disponível”, afirmou. Ele também se refere como “vagabundas” as vítimas que se uniram e foram a público para denunciá-lo. “Essas vagabundas apareceram na televisão dizendo que eu fazia isso, fazia aquilo. Nunca fiz”, declarou.

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Leia a seguir outras partes da conversa: 

Sobre a fuga e os advogados:

“O que a gente vai fazer, não é? Eu tenho que tocar minha vida pensando nessas três pessoas. O Juca, que é um dos advogados, falou para mim: ‘a liberdade você vai ter, mas você não pode voltar ao Brasil porque não vai ser bom para você. Então é uma estupidez deste tipo. Porque advogado também é tudo uma raça só”

Sobre uma possível tentativa de suicídio caso não consiga reverter o julgamento:

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“Obviamente se isso acontecer, por favor, o senhor diga que minha intenção era essa para amanhã não dizerem que minha mulher me deu um tiro. Se acontecer uma detecção da minha situação, não tem saída. E aí, tchau. Eu tô convicto disso”

Sobre si mesmo:

“Eu sei o quanto eu vou ter que enfrentar aí. Até Jesus Cristo foi crucificado e era Deus”

Condenado a 278 anos de prisão por crimes sexuais contra 37 mulheres, Abdelmassih está preso no presídio de Tremembé, no interior paulista. Ele foi capturado no fim de agosto em Assunção, no Paraguai, onde levava uma vida de luxo ao lado da esposa, a ex-procuradora da Justiça Larissa Sacco, e dois filhos pequenos. No momento, ele aguarda resposta de um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo em que pede pela anulação de seu julgamento.

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