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Roberto Carlos volta ao Brasil e estreia no Corinthians

Ao lado de Ronaldo, o lateral é mais um reforço de luxo do time, que está na Libertadores deste ano

Por Henrique Skujis e João Batista Jr.
Atualizado em 1 jun 2017, 18h46 - Publicado em 8 jan 2010, 23h21

Quinze anos, quinze títulos e três clubes depois, o lateral-esquerdo Roberto Carlos pôs um ponto final em sua temporada europeia. Ao meio-dia do último dia 4, o ex-ídolo do Palmeiras se apresentou e foi ovacionado por 5 000 corintianos no Parque São Jorge, na Zona Leste. Ele é o principal reforço do clube, que, no ano de seu centenário, busca obsessivamente o título da Copa Libertadores da América. Com contrato de dois anos, estima-se que vá receber entre 200 000 e 300 000 reais de salário — menos que os 400 000 reais pagos a seu colega Ronaldo. Desde que deixou o Palmeiras, em 1995, o craque já defendeu as camisas do Internazionale, na Itália, do Real Madrid, na Espanha, e do Fenerbahçe, na Turquia, sempre se mostrando um marcador aplicado e um poderoso cobrador de faltas. “Quero encerrar minha carreira no Corinthians”, diz ele, aos 36 anos de idade, tratando com seu discurso de cair nas graças da torcida. “ Esta camisa vai me dar muito mais alegrias do que já tive no futebol.” Seus pais, Oscar e Vera Silva, também fazem um aceno para a massa corintiana. “Nós éramos santistas, mas quando ele foi para o Palmeiras mudamos”, conta Vera. “Agora, com a contratação pelo Corinthians, embaralhou tudo.” Os dois vivem em Cordeirópolis, município de 21 000 habitantes a 162 quilômetros de São Paulo. Ao lado da mulher, a fisioterapeuta Mariana Lucon, dez anos mais nova, Roberto Carlos vai morar em um apartamento próprio, de 250 metros quadrados, avaliado em 2 milhões de reais, na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros. Grávida de sete meses de Manoela, Mariana se consultou há duas semanas com o ginecologista e obstetra Renato Kalil, do Hospital e Maternidade São Luiz, para dar continuidade ao pré-natal que estava sendo feito na Turquia. “Quando nossa filha nascer, devemos nos mudar para um lugar maior”, afirma ela. O bebê será o oitavo filho do jogador. Sim, oitavo. Os outros são Roberta, Giovana, Roberto Carlos Jr. (com a primeira mulher, Alexandra) e Eduardo, Rebeca, Christopher e Luca, de mães diferentes. Apresentado na festa de rodeio de Jaguariúna, o casal está junto desde 2007. No ano passado, casaram-se no Terraço Daslu, em cerimônia que custou 500 000 reais. Entre os 500 convidados estavam jogadores de futebol, pagodeiros e cantores sertanejos. “Ele é um amigo muito presente”, diz Edson, que até o dia 31 de dezembro formava dupla com Hudson.

A amizade entre eles começou quando, ao saber que Roberto Carlos não foi a seu show na cidade de Cravinhos por medo de ser hostilizado, Edson pediu que o público de 20 000 pessoas batesse palmas para o jogador. No dia seguinte, o atleta passou a mão no telefone para agradecer a homenagem. Viraram amigos de infância. Isso ocorreu em 2006, poucos meses após o término da Copa da Alemanha, quando o Brasil foi desclassificado pela França nas quartas-de-final. Na ocasião, o lateral foi flagrado ajustando o meião no momento do gol de Thierry Henry. “O Roberto tem muita mágoa do Galvão Bueno”, lembra Edson. “Ele o responsabilizou pela derrota.” Para o cantor Fernando Pires, a simplicidade é a característica mais marcante do amigo. “Roberto gosta de moda de viola e roda de pagode. Ele se dá bem com todo mundo”, conta. Alguns caprichos fazem parte do estilo do jogador, que adora joias e coisas caras. Segundo sua mulher, ele tem uma coleção com mais de 100 relógios, de marcas como Cartier, Chopard e Rolex. Seus restaurantes preferidos em São Paulo são o Gero, A Figueira Rubaiyat e a Lellis Trattoria. O casal anda sempre acompanhado por seguranças. Para quem o vê de uniforme ou não, chama atenção a circunferência de suas coxas, inversamente proporcional à estatura. “Na rua, mulheres, homens e crianças olham para as pernas dele, por serem muito grossas”, admite Mariana. Sua forma física — 73 quilos e 1,68 metro (bem, é o que ele declara) — foi elogiada pelo preparador físico do Corinthians, Valmir Cruz. “Fiquei surpreso com a avaliação dele”, diz o profissional, que já trabalhou com Roberto Carlos no Palmeiras em 1993 e 1994. “Parece o mesmo menino de dezesseis anos atrás.”

1990 – Aos 17 anos, estreia no time principal do União São João, da cidade de Araras (SP). No ano seguinte, é convocado para a seleção brasileira sub-20 

1993 – Depois de uma passagem rápida pelo Atlético Mineiro, vira ídolo do Palmeiras ao ajudar o time a sair da fila de dezessete anos sem títulos. É bicampeão paulista, bicampeão brasileiro e ganha por dois anos seguidos a Bola de Prata da revista PLACAR

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1995 – Pelo Internazionale, de Milão, é eleito o melhor lateral-esquerdo do campeonato italiano. Em 1996, defende a seleção brasileira, que fracassa na Olimpíada de Atlanta e termina com a medalha de bronze 

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  1997 – Contratado pelo Real Madrid (Espanha), estrela o galáctico time formado por Zidane, Ronaldo, Figo e Beckham. Conquista cinco vezes o campeonato espanhol, três vezes o europeu e duas vezes o mundial 

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2002 – Depois de participar do vice-campeonato do Brasil na Copa da França (1998), é pentacampeão mundial com a seleção no Japão 

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  2007 – É acusado de ser um dos principais responsáveis pela derrota do Brasil para a França na Copa de 2006. Sai do Real Madrid e vai para o Fenerbahçe, da Turquia 

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