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Apenas um de 56 corpos d’água em São Paulo tem boa qualidade

Estudo divulgado nesta quarta (21) também diz que 50% dos recursos hídricos analisados na capital estão indisponíveis para uso

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 mar 2017, 11h47 - Publicado em 22 mar 2017, 11h47

Um estudo sobre a qualidade da água realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica mostra que apenas um ponto de monitoramento de recursos hídricos, de 56 analisados na capital paulista, apresenta água de boa qualidade. Além disso, 28 deles se veem indisponíveis para uso, com avaliações ruim ou péssima. Nos outros 27 locais, a qualidade é regular, ou seja, a água pode ser usada para abastecimento público mediante tratamento simples.

O resultado da pesquisa “O retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica”, feita entre março de 2016 a fevereiro de 2017, foi divulgado nesta quarta-feira (22). Ele apresenta um panorama sobre a qualidade da água de 240 pontos de coleta distribuídos em 184 rios, córregos e lagos de bacias hidrográficas em 73 municípios de onze estados no Brasil.

Em São Paulo, o ponto avaliado como bom é o afluente do ribeirão Caulim, em Parelheiros, na Zona Sul, que em última pesquisa, realizada entre março de 2015 a fevereiro de 2016, era apenas regular. Já entre os que receberam avaliações negativas, o destaque vai para o riacho Água Podre, na Zona Oeste,  dentre todos, o único que recebeu a etiqueta “péssima”.

Segundo a pesquisa, os dados revelam na capital uma tendência de perda de qualidade por questões como aumento das cargas difusas de poluição em períodos de chuvas intensas e despejo de esgoto sem tratamento em córregos e rios que recebem cargas de municípios vizinhos, “como o Pirajussara, que vem com qualidade ruim do município de Taboão da Serra”.

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O estudo também aponta a “diminuição no ritmo de obras e ações do programa Córrego Limpo”, como um dos fatores para a perda de qualidade no Água Podre.

Em todo o estado de São Paulo, de 134 pontos monitorados, somente quatro tem qualidade boa, 79 regular, 49 ruim e dois péssima. A nível nacional, de 240 pontos, apenas seis possuem qualidade boa, enquanto 168 estão em situação regular e 63 ruins e três péssima.

A pesquisa usa como parâmetros as temperaturas da água e do ambiente, turbidez, espumas, lixo flutuante, odor, peixes, larvas e vermes, coliformes totais, entre outros.

No país, nenhum ponto de monitoramento recebeu a avaliação “ótima”. As coletas foram feitas por 194 grupos de monitoramento, formados por voluntários e organizações civis que integram o projeto Observando os Rios, com acompanhamento e supervisão da equipe técnica da área de Recursos Hídricos da SOS Mata Atlântica.

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