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Sai resultado de DNA dos bebês trocados em maternidade de São Paulo

Apesar do sexo dos bebês serem diferentes, pais preferiram fazer o exame para garantir que as crianças são os filhos verdadeiros

Por Tatiana Izquierdo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h48 - Publicado em 11 jun 2015, 17h12

A fatídica tarde de 29 de abril ficou na memória dos pais dos recém-nascidos Alice e Rafael, que foram trocados no berçário da maternidade do Hospital e Maternidade Santa Joana, uma das maiores de São Paulo. O casal Ana Paula Silveira e Victor Hugo Paulino, pais de Alice, perceberam que algo estava errado quando sua bebê chegou no quarto, para a primeira mamada. No mesmo momento, Juvenice Rodrigues e Alberto Reis, pais de Rafael, também notaram que o bebê que estava em seu colo não era o seu filho legítimo.

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Nos braços de Ana Paula estava um menino vestido com as roupas escolhidas para a filha, Alice. Enquanto isso, a menina estava no outro quarto, de Juvenice, vestida com as roupas do menino, Rafael. O retorno dos bebês para suas famílias verdadeiras foi feito na hora e os pais solicitaram ao hospital que realizasse o exame de DNA nas crianças, para que não ficasse nenhuma dúvida futura. “Apesar da troca ter acontecido com duas crianças de sexo diferente, nós não queríamos ter nenhuma dúvida. E se tivessem trocado os bebês antes deles estarem no carrinho, indo para o quarto?”, questionou Juvenice, já com o resultado do exame do DNA em mãos.

“Os resultados obtidos revelam compatibilidade alélica entre a herança materna da mãe e os genótipos possíveis da indicada em todos os sistemas examinados”, diz o exame. A iniciativa para o teste partiu dos pais e o hospital assumiu os custos. “Quando eu ainda estava internada, me recuperando do parto, a chefe de enfermagem e um dos diretores do local vieram falar com a gente. Assumiram o erro na troca dos bebês e disseram que falhas humanas acontecem. Pediram desculpas pelo que aconteceu. Depois disso, nunca mais fomos procurados pelo hospital, nem por conta do resultado do exame de DNA”, conta a mãe de Rafael.

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Ana Paula e Victor registraram um boletim de ocorrência na época e ainda estudam em como processar a maternidade. Em seu perfil do Facebook, a moça, que é mãe também de outra menina, publicou um desabafo no dia 2 de maio: “Quero agradecer a todos pelo apoio que tenho recebido com mensagens de conforto e carinho. Graças a Deus foi um susto e não desejo isso a nenhuma mãe. Foram alguns minutos de terror, pensando em um milhão de coisas ruins que poderiam ter acontecido com a minha filha. Para alguma pessoas pode até parecer sensacionalismo ou, como li em alguns comentários infelizes, que nós não passamos de aproveitares. Infelizmente, são pessoas que realmente não sabem o que aconteceu…

Infelizmente, aconteceu a troca, coisa que, nos tempos de hoje, é inaceitável, com tantos treinamentos, protocolos a serem seguidos, segurança e tecnologia avançada. É um hospital renomado, que tem uma ótima infra-estrutura para receber seus pacientes e esse tipo de erro não pode acontecer. Esse o grande motivo para expor o acontecimento. Ficamos extremamente frustrados e tenho certeza de que qualquer família faria o mesmo.

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Procurada, a assessoria do hospital não tem nenhuma novidade na apuração do caso e disse que a posição continua a mesma do dia 30 de abril. Veja na íntegra a nota divulgada na ocasião:

“O Hospital e Maternidade Santa Joana informa que instalou um comitê interno para acompanhar a apuração dos fatos relatados. Ao mesmo tempo, o hospital esclarece que conta com tecnologia avançada de controle neonatal e materno. Pelos procedimentos-padrões e recursos tecnológicos da maternidade, não seria possível que este evento confirmasse. Portanto, pelas normas de segurança em vigor na instituição é impossível que uma criança saia do hospital sem a presença de sua mãe biológica.”

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Não há previsão de quando sairão os resultados da apuração pelo comitê interno.

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